A anemia
ferropriva, doença caracterizada pela falta de ferro no organismo, é a principal causa de mortalidade materna e do baixo peso ao nascer entre os brasileiros.
É reconhecida também como fator responsável por atraso no desenvolvimento mental de crianças e
fadiga em adultos. Estudos recentes revelam que, no Brasil, a doença atinge cerca de 50% dos pequenos com até 5 anos de idade, 20% dos adolescentes e até 30% das gestantes.
Diante disso, o Ministério da Saúde pactuou com o setor produtivo a inclusão de
ferro nas farinhas de milho e de trigo. A partir de 18 de junho de 2004, os produtos – fabricados no Brasil ou importados – devem estar fortificados.
Outro nutriente que estará presente nas farinhas de milho e de trigo é o ácido
fólico, conhecido também como Vitamina B9. A recomendação para integrá-lo no processo de fortificação das farinhas foi uma iniciativa da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).
O objetivo é reduzir os males provocados por defeitos no tubo
neural, que podem acontecer entre a terceira e a quinta semana de vida intra-uterina. Quando isso ocorre, a estrutura do embrião que dá origem à coluna vertebral é prejudicada e pode gerar um grupo de doenças, como defeito ósseo, paralisia dos membros inferiores e problemas na bexiga e no intestino.
A fortificação da farinha com ferro e ácido fólico já é praticada em outros países. No caso do ferro, é vista como a melhor alternativa para o combate à anemia ferropriva na população, pois apresenta baixo custo e atinge grande grupo de pessoas. “Essa ação do Ministério da Saúde é essencial para o controle da doença, que acomete, no Brasil, pessoas de todas as classes sociais”, observa Juliana Ubarana, assessora técnica da Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.
Em relação ao ácido fólico, a técnica conta que, nos países onde a adição dessa
vitamina à farinha passou a ser obrigatória, observou-se diminuição na incidência de doenças do tubo neural. “Nos Estados Unidos e no Chile, por exemplo, estudos mostram a redução de até 40% nos casos”, comenta.
Fonte: Agência Saúde
Informações
adicionais importantes
Ferro e esportistas
O Ferro é componente fundamental para a formação da hemoglobina, célula vermelha do sangue responsável em carrear oxigênio para todas as outras células e tecidos do corpo, sendo assim, a adequação da ingestão deve ser devidamente observada por esportistas, uma vez que ocorre excreção de ferro pelo suor.
No caso de mulheres esportistas, em idade fértil, a atenção deve ser redobrada devido às perdas do mineral através da
menstruação.
Esportistas cujas dietas são pobres em ferro ou costumam apresentar quadro clínico de
anemia (palidez, fadiga,
palpitações, perda da capacidade termorreguladora e aumento do débito cardíaco) ou têm baixo rendimento físico.
Quando o assunto é ingestão de ferro, todo cuidado é pouco. A necessidade de suplementação deve, SEMPRE, ser
devidamente comprovada, ter a prescrição e o acompanhamento de médico e ou nutricionista, juntamente com a adequação da alimentação. Assim como a carência de ferro causa
anemia, o excesso tem efeitos tóxicos e pró-oxidantes com respectiva formação de
radicais livres.
Para
mais informações, leia o artigo Ferro para corredores.
O ferro dos alimentos
Existem 2 formas de Ferro encontradas nos alimentos: a forma HEME e a forma NÃO HEME.
O Ferro na forma HEME é melhor absorvido pelo nosso corpo e sua principal fonte são as carnes vermelhas.
Para não aumentar a ingestão de gorduras saturadas presentes nas
carnes e que são prejudiciais, prefira as carnes magras durante as refeições principais (almoço e jantar), preparadas grelhadas ou assadas e retire toda a
gordura aparente.
Inclua também o Ferro NÃO HEME nas suas escolhas. Este está presente em fontes
vegetais (feijões, ervilha, lentilha,
levedo de cerveja, beterraba,
espinafre, folhas de mostarda,
brócolis, agrião, açúcar mascavo, suco de açaí, damasco seco, pães de farinhas integrais).
A absorção do Ferro NÃO HEME é melhorada se incluirmos fontes de Vitamina C na mesma refeição (goiaba, laranja,
kiwi, morango, caju, tomate, acerola,
limão).
Lembre-se sempre: Cálcio e Ferro competem entre si, por isso evite consumí-los na mesma refeição. As principais fontes de cálcio são:
leite,
iogurtes e queijos.
O uso de anti-ácidos também pode prejudicar a absorção de ferro.
Ácido fólico e sistema nervoso
Além da redução de defeitos no tubo neural de bebês, o ácido fólico (ou folato ou Vitamina B9) participa também, juntamente com a Vitamina B12, na produção de
neurotransmissores, colaborando na manutenção dos níveis de serotonina -- neurotransmissor que promove o bem estar. Pessoas com
distúrbios de humor podem apresentar níveis baixos de ácido fólico no sangue.
Fontes alimentares de ácido fólico: espinafre, feijão branco, aspargos, verduras de folhas escuras, couve de bruxelas, soja e derivados, laranja, melão,
maçã.
Saiba
mais:
Ácido fólico ou folato - O que é, quem precisa
Ácido Fólico - O que é, importância, necessidade diária
Anemia Ferropriva - Causas
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cura
Anemia - O que é, sinais, sintomas e
complicações
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