Os benefícios da reposição hormonal superam os riscos?
A
melhor evidência para os riscos e benefícios de reposição hormonal em
mulheres na pós-menopausa vem do Women's Health Initiative
(WHI), um grande estudo clínico com 16.000 mulheres saudáveis de 50 a 79 anos
de idade, no qual metade das participantes usou hormônios
e a outra metade tomou placebo (o qual não continha nenhum medicamento).
O
estudo, patrocinado pelo
National Institutes of Health (NIH), foi interrompido precocemente quando, em
Julho de 2002, os investigadores informaram que os riscos gerais de estrogênio
mais progestina, especificamente Prempro™, superavam os benefícios (2). O WHI
descobriu que o uso de estrogênio mais progestina aumenta o risco de câncer
de mama, doença cardíaca, infarto e coágulos sanguíneos.
O estudo também
descobriu que havia menos casos de fratura no quadril e de câncer de cólon
entre as mulheres que usaram estrogênio mais progestina do que nas que tomaram
o placebo (2).
Os
achados do WHI Memory Study (WHIMS), relatados em Maio de 2003, mostraram que,
em mulheres de mais de 65 anos, o uso de estrogênio mais progestina dobrou o
risco de demência (3). As mesmas mulheres também tiveram pior performance nos
testes de funções cognitivas comparadas com as que tomaram o placebo (4).
Adicionalmente,
uma análise da qualidade de vida de um subgrupo entre 50 e 79 anos de idade das
participantes do estudo do WHI , não encontrou nenhuma mudança na saúde
geral, vitalidade, sintomas de depressão,
ou satisfação sexual associados ao uso de estrogênio mais progestina (5).
Os riscos e benefícios do uso de estrogênio sozinho são menos claros.
Perguntas
e respostas sobre reposição hormonal na
menopausa
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