História da bicicleta
De Sivrac a Johnny G

Ao ser humano é inerente o fascínio pela velocidade, e por isso, desde os primórdios, lá pelo século XIV já imaginava se deslocar sobre rodas.

Leonardo da Vinci (1452 - 1519) deixou esboçado em uma das páginas do famoso Código do Atlântico um projeto de um velocípede com transmissão de força através de corrente somente adotada às bicicletas em 1885.

Da mesma forma que de vez em quando hoje em dia algumas pessoas vêem imagens de santo retratada em vidros manchados ou reflexo luminoso, em 1642, contam que um anjo apareceu sentado sobre uma viga em forma de cavalo marinho apoiado sobre duas rodas num vitral de uma pequena igreja na Inglaterra.

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Em 1791, um aristocrata parisiense chamado Monsieur de Sivrac construiu um protótipo, muito rudimentar, dando origem à bicicleta. O Celífero era duas rodas de madeira com seis raios unidos por uma viga mas, ainda sem pedal.

Como toda invenção é aperfeiçoada de uma anterior, em 1817 o Barão de Karl Friedrich Von Drais, melhorou o Celífero acoplando um mecanismo de direção. Ainda assim, não tinha pedal e andava-se empurrando-a com os pés no chão. Foi chamada de Draisina ou Draisiana. Daí pra frente, em 1840 ganhou pedal numa espécie de velocípede com a roda dianteira muito maior que a traseira e em 1880 ficou, por assim dizer, mais com a "cara" da bicicleta conhecida nos dias de hoje com o modelo aperfeiçoado pelo neto de Starley, o criador da "Rover". Ela ganhou um quadro em forma de trapézio, as rodas foram redimensionadas, guidão direto à roda dianteira e tração traseira por corrente.

Em 1888 John Boyd Dunlop patenteou o primeiro pneu de borracha com ar sendo que Edouard e André Michelin foram os responsáveis pelas câmaras de ar com válvula protegida por outro tubo de borracha, o pneu propriamente dito.

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As bicicletas começaram a se desenvolver rapidamente, principalmente no que diz respeito a materiais de construção adequados ao uso. Assim, surgiram bicicletas para circularem nas cidades, nas estradas, nas montanhas e até na guerra.

No meio do ciclismo surgiram termos próprios, geralmente americanizados. A começar por "bike". Carinhosamente, a "galera" da cidade, usuário da bicicleta "pau pra toda obra", apelidou-a de "camelo" em alusão às usadas nas regiões mais inóspitas da Ásia Central. São também conhecidos termos que identificam manobras e situações básicas.

Downhill - Do inglês "em declive". Uphill - Pra descer, tem que de alguma forma subir. O termo está mais associado a subida difícil ou, ao pé da letra subir a colina.

Esprintista - Esse é um termo de origem americana aportuguesado para identificar o especialista em velocidade, vindo do "sprint".

No caminho das invenções e adaptações à realidade, surgiram nas academias as esteiras elétricas simulando a corrida e as bicicletas estacionárias tentando um paralelo com o ciclismo. Entretanto, às tradicionais ergométricas faltava algo mais atrativo que promovesse a empolgação e a retratação da realidade mas com uma visão científica da Fisiologia do Exercício e proteção da saúde do praticante. Assim, surgiu em 1995 o método Johnny G. Spinning de treinamento cardiovascular, patenteado pela empresa americana Mad Dogg Athletics, tornando-se uma febre em todas as academias do mundo inteiro.

O sucesso deveu-se ao fato do seu inventor, Johnny G., um apaixonado pelo ciclismo ter inventado uma bicicleta estacionária capaz de simular as dificuldades físicas e mentais encontradas numa prova de ciclismo de resistência como é a Race Across América, competição de onde Johnny G. traz toda sua bagagem de experiência. As spining permitem ao praticante pedalar em pé ou sentado, com ou sem esforço, porque o sistema de transmissão e a roda dianteira pesada possibilitam essas manobras.

Para que o spinning não se transformasse numa atividade sem controle, o programa traz uma forte filosofia de vida e uma preocupação com a condição física individual de cada praticante. Por isso, trabalha-se nas cinco faixas ou zonas de freqüência cardíaca calcadas na Fisiologia a saber: 50/60% da Máxima - usada na recuperação dos Intervalados, no aquecimento, no desaquecimento ou numa breve sessão de mentalização com música mais calma. A faixa de 60 a 70% pode ser considerada como moderada e indicada para a perda de peso e queima de gordura e de calorias, a proposta central do programa. De 70 a 80% é mais apropriada a quem deseja melhorar o condicionamento cardiovascular. De 80 a 90% é uma zona onde geralmente se situa o limite do condicionamento aeróbio da maioria das pessoas, conhecido na Fisiologia como Limiar Anaeróbio. Já a zona de 90 a 100% é essencialmente anaeróbia e indicada aos alunos mais avançados ou precisando por várias razões desenvolver essa valência física.

Cartas para: lcmoraes@compuland.com.br

Para Refletir: Quem conhece os próprios limites do saber e da ignorância, por si só já pode se considerar um sábio.

Sobre a Ética - Ouvir as pessoas, tenham ou não títulos, além de educação é uma questão de ética.

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