Como a reposição hormonal influi no risco de câncer de ovário?
Vários
estudos de observação têm descoberto que o uso de estrogênio sozinho está
associado ao aumento modesto no risco de desenvolver câncer no ovário. Um
estudo que acompanhou 44.241 mulheres pós-menopausa por aproximadamente 20 anos
concluiu que as que usaram estrogênio sozinho por
10 anos ou mais tinham o dobro de probabilidade de desenvolver câncer
no ovário comparadas às que não utilizaram a reposição hormonal (16).
Outro
estudo de observação amplo e recente também encontrou associação entre o
uso de estrogênio e morte devida ao câncer de ovário. Nesse estudo, o risco
parece limitado a mulheres que usaram estrogênio por 10 anos ou mais (17).
A
evidência mais direta sobre o risco de câncer de ovário em mulheres que
usaram estrogênio mais progestina vem do estudo WHI (Women's Health
Initiative) (10). Esses dados sugerem que pode haver uma elevação no risco de
câncer de ovário com o uso de hormônios
combinados. Depois de um acompanhamento de 5,6 anos, foi relatado um aumento de
58% no risco de câncer de ovário em mulheres usando estrogênio mais
progestina comparadas às que não usam hormônios, porém essa elevação no
risco não era estatisticamente significativa. Um estudo de observação sugeriu
que a terapia com estrogênio mais progestina não aumenta o risco de câncer de
ovário se a progestina for usada por mais de 15 dias por mês (18), porém esse
estudo era muito pequeno para traçar conclusões firmes. É preciso mais
pesquisas para esclarecer a relação entre a reposição hormonal,
particularmente a terapia com combinação de hormônios, e o risco de câncer
de ovário.
Perguntas
e respostas sobre reposição hormonal na
menopausa
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