Devido
ao enorme aumento de aparelhos celulares em todo o mundo há a preocupação de
que sua radiação possa apresentar perigos à saúde. Isso porque aparelhos
celulares usam onda eletromagnéticas na faixa de microondas. Essa preocupação
induziu algumas pesquisas. A Organização Mundial de Saúde conclui que danos
sérios à saúde são bastante improváveis de acontecer devido aos aparelhos
celulares e suas estações.
Porém, algumas nações - como Áustria, Alemanha
e Suécia - recomendam aos seus cidadãos que minimizem os riscos da radiação
ao:
* Usar "hands-free" ou viva-voz
para diminuir a radiação na cabeça.
* Manter o aparelho celular longe do corpo.
* Não usar o aparelho celular dentro do carro sem uma antena externa.
Parte
das ondas de rádio emitidas por um aparelho celular é absorvida pela cabeça.
As ondas de rádio emitidas por um aparelho celular GSM pode ter um pico de 2
watts, enquanto um telefone analógico pode transmitir até 3,6 watts. Outras
tecnologias, como CDMA e TDMA, liberam ainda menos, tipicamente abaixo de 1
watt. A força máxima liberada por uma parelho celular é controlada por
agências regulatórias de cada país.
Efeitos
termais dos aparelhos celulares
Um efeito bem conhecido da radiação de microondas é o aquecimento
dielétrico, no qual qualquer material dielétrico (como um tecido vivo) é
aquecido pela rotação das moléculas induzidas pelo campo eletromagnético. No
caso de uma pessoa usando um aparelho celular, a maior parte do efeito de
aquecimento ocorrerá na superfície da cabeça, fazendo com que sua temperatura
eleve-se por uma fração de grau. Nesse caso, o nível de elevação da
temperatura é de uma ordem de magnitude menor do que o obtido pela exposição
direta da cabeça à luz solar. A circulação sanguínea no cérebro é capaz
de regular o excesso de calor ao elevar o fluxo sanguíneo no local. Porém, a
córnea do olho não tem esse mecanismo de regulação de temperatura. Cataratas
prematuras são conhecidas como uma doença ocupacional de engenheiros que
trabalham em transmissores de rádio de alta potência. Entretanto, não foi
relacionada a incidência de catarata com o uso de aparelhos celulares,
possivelmente devido à baixa potência destes.
Tem
sido defendido que algumas partes da cabeça são mais sensíveis a danos da
elevação de temperatura, particularmente as fibras nervosas. Resultados mais
recentes de uma equipe científica sueca no Karolinska Institute têm sugerido
que o uso contínuo de aparelho celular por mais de 10 anos acarretaria em um
pequeno aumento na probabilidade de desenvolver neuroma acústico, um tipo de tumor
cerebral benigno. Essa elevação na probabilidade não foi notada
naqueles que usaram celulares por menos de 10 anos.
Efeitos
genotóxicos dos aparelhos celulares
Pesquisa grega do final de 2006 encontrou relação entre a radiação de
aparelhos celulares de danos ao DNA. Em dezembro de 2004 um estudo Pan-Europeu
chamado REFLEX, que envolveu 12 laboratórios de vários países, mostrou
algumas evidências de dano ao DNA de células em culturas in vitro quando
expostas a de 0,3 a 2 watts/kg. Houve indicadores, porém não evidência
rigorosa de outras alterações celulares como dano a cromossomos, alterações
na atividade de certos genes e elevação na taxa da divisão celular.
Aparelhos
celulares e câncer
Em
2006 foi publicado um grande estudo dinamarquês sobre a relação entre o uso
de aparelho celular e câncer. O estudo acompanhou mais de 420 mil dinamarqueses
por mais de 20 anos e não encontrou elevação no risco de câncer.
Outros estudos de mais de 10 anos que investigaram a relação entre o uso de
aparelho celular e câncer:
* Estudo sueco de 2005 concluiu: "os dados não dão suporte à hipóteses
que o uso de aparelho celular está relacionado ao aumento do risco de glioma ou
meningioma".
* Estudo britânico de 2005 conclui que: "não há risco substancial de
neuroma acústico na primeira década de uso dos aparelhos celulares".
* Estudo alemão de 2006 declarou que "não foi observado elevação de
risco de glioma ou meningioma entre usuários de aparelhos celulares, porém
estudos de mais longo prazo precisam ser feitos para confirmar a
conclusão".
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