O
que é circuncisão
A
circuncisão é a remoção de parte ou todo o prepúcio, a pele que recobre
a glande (cabeça do pênis). De acordo com o Organização Mundial da Saúde,
estima-se que em torno de 30% dos homens sofreram circuncisão. A prevalência
da circuncisão varia muito entre diferentes populações. Por exemplo,
enquanto quase todos os homens no Oriente Médio foram circuncisados, apenas
menos de 2% na Escandinávia sofreram a circuncisão.
Circuncisão
neonatal
Os
defensores da circuncisão neonatal de rotina afirmam que ela provê vantagens
importantes que superam os riscos, não tem efeitos substanciais na função
sexual, taxa de complicação de menos de 0,5% quando feita por médico
experiente, e é melhor realizada durante o período neonatal. Os oponentes da circuncisão
neonatal afirmam que ela é desnecessária medicamente, tem efeitos adversos no
prazer e performance sexual, e é uma prática defendida com o uso de mitos. A Associação
Médica Americana declarou em 1999 que "virtualmente todas a políticas de
organizações médicas não recomendam a circuncisão
neonatal de rotina e defendem o fornecimento de informação precisa aos pais
para informá-los sobre a decisão".
Aspectos médicos
da circuncisão
A Associação Médica Britânica declara que "há discordâncias
significativas se a circuncisão é, de um modo geral, um procedimento
benéfico, neutro ou prejudicial. No momento, a literatura médica sobre a
saúde, incluindo saúde sexual, dá implicações contraditórias sobre a circuncisão".
A análise de custo/benefício da circuncisão tem variado. Alguns encontraram
um pequeno benefício da circuncisão, enquanto outros pequenos prejuízos. Ninguém
descobriu se os riscos contrabalançam os benefícios, e é sugerido que
a decisão de realizar a circuncisão vem mais de fatores não-médicos.
Riscos
da circuncisão
Ainda que os riscos da circuncisão feita
competentemente sejam muito pequenos, podem acontecer complicações graves
decorrentes de sangramento e infecção. A morte decorrente da circuncisão
pode acontecer, embora seja extremamente rara, estimando-se uma taxa de
mortalidade de 1 bebê para cada 500 mil circuncisões.
Circuncisão
e doenças sexualmente transmissíveis
Em março de 2007 a Organização Mundial da Saúde declarou que a circuncisão
diminuía o risco de contaminação de homens por HIV em relações sexuais
pênis-vagina, porém daria apenas proteção parcial, não eliminando as
medidas preventivas necessárias como uso de preservativo. A redução do risco
porém não ocorre na transmissão do HIV do homem para a mulher. Análises
também associam a circuncisão com menores taxas de sífilis, cancróide, HPV,
e possivelmente herpes genital.
Circuncisão,
infecções e inflamações
Estudos têm descoberto que garotos com prepúcio
tendem a ter maiores taxas de infecções e inflamações no pênis do que
aqueles circuncisados. O prepúcio poderia abrigar bactérias e ficar infectado
se não for limpo apropriadamente, porém também pode sofrer inflamação caso
seja limpo muito freqüentemente com sabonete. A circuncisão é um tratamento
para balanite (inflamação e/ou infecção na glande).
Circuncisão e câncer de pênis
Estudos indicam que a taxa de câncer de pênis é de 3 a 22 vezes maior em
homens que não sofreram circuncisão. Porém, uma vez que o câncer de pênis
é uma condição rara, o risco de desenvolvê-lo permanece pequeno mesmo em
homens não circuncisados. A Sociedade Americana de Câncer, em 2006, declarou
não recomendar a circuncisão como medida preventiva contra o câncer de
pênis.
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