Não é novidade nenhuma que uma das maiores causas de morte no Brasil e no mundo está relacionada com as
doenças cardíacas das quais a maior parte pode ser evitada. Isso porque muitas delas se relacionam ao sedentarismo, alimentação sem controle com aumentando substancial do peso, da glicemia, do colesterol e/ou dos triglicerídeos no sangue entre outras. Ou seja, doenças que podem ser evitadas, entre outros hábitos salutares, com exercícios físicos simples praticados de modo regular. Um dos mais praticados por conta da facilidade é a corrida e, por ser uma das mais antigas, é a que mais trabalho científico possui comprovando os seus benefícios cardiovasculares.
Um dos grandes vilões das doenças do coração é, e sempre foi, o famoso colesterol em que uma parte é fabricado pelo fígado e outra ingerida pela alimentação.
Todos nós, de alguma forma, já ouvimos falar do colesterol bom (HDL) e ruim (LDL), respectivamente lipoproteína de alta densidade e lipoproteína da baixa densidade. O HDL, por causa das suas características de alta densidade não fica depositado nas artérias ao contrário do LDL.
Além disso, o HDL em quantidades maiores contribui para a remoção do
LDL nas artérias, pois a baixa densidade do LDL faz com que fiquem depositados nas paredes das artérias obstruindo a passagem do sangue trazendo conseqüências desastrosas desde o infarto do miocárdio até aneurismas cerebrais.
Entretanto, o colesterol é uma gordura essencial para o organismo humano funcionar bem no metabolismo das vitaminas, chamadas lipossolúveis, A, D, E e K, sais biliares e hormônios. As
gorduras fornecem mais energia que os carboidratos e as proteínas. Respectivamente 9 Kcal/g, 4 Kcal/g e 4 Kcal/g. Por conta disso a OMS (Organização Mundial de Saúde) estabelece valores aceitáveis de cada tipo de colesterol, a saber: O HDL quanto maior, sendo dado como ideal pelo menos acima de 40mg/dl. Quanto ao LDL difere um pouco entre as pessoas. Os diabéticos e enfartados devem manter um índice menor que 100mg/dl e pessoas saudáveis 130mg/dl.
Felizmente, o controle da quantidade de colesterol no sangue depende muito da ingestão de alimentos menos gordurosos e a prática de exercícios físicos. A corrida tanto moderada quanto vigorosa é uma das modalidades que aumenta a quantidade do colesterol bom no sangue. É o que comprovou um trabalho realizado por Reinaldo B. Bestetti e José Ernesto do Santos publicado na Revista de Saúde pública vol.18, nº4 1984. Pessoas que correm 25 km ou mais semanalmente atingem índices de 50mg/100 mL de HDL enquanto quem corre 70 km chega a 70 mg/100 mL. Outros autores não observaram aumento de HDL nas pessoas que correm menos de 25 km, não havendo diferença significativa se comparado a saudáveis inativos.
Huttunem e colaboradores, 1979 comparou maratonistas que treinam 60 km/semana com corredores comuns que treinam 18 km/semana e saudáveis inativos. O resultado foi proporcional. Maratonistas apresentaram níveis de 65 mg/100 mL, corredores 58 mg/100 mL e inativos 43 mg/100 mL.
Observa-se nesses relatos que a corrida, mesmo moderada é suficiente para elevar as taxas de colesterol bom no sangue. Outro fato chamando a atenção dos pesquisadores nessa área é que o
exercício
físico, entre as medidas de recuperação, aplicado em sobreviventes a infarto agudo do miocárdio também ajuda a normalizar o colesterol bom. Pacientes submetidos a programa progressivo onde na última semana conseguiam correr lentamente 2,5 km três vezes por semana tiveram índices de colesterol bom chegando à normalidade de 45 mg/100 mL. Quando comparados a pacientes que não quiseram ou não puderam realizar atividade física a diferença foi significativa tendo esse grupo que ter os índices de colesterol mais severamente controlados com medicação.
Como já citado, a corrida é mais praticada, mas existem pesquisas similares com bicicleta ergométrica com os mesmos resultados. Para quem gosta de correr visando qualidade de vida e saúde não é preciso ser um maratonista bastando correr três a quatro vezes por semana de 6 a 8 quilômetros ou 30 minutos na esteira três vezes por semana numa velocidade confortável. Segundo Cooper 24 km por semana é suficiente para aumentar o colesterol bom no sangue. Mais do que isso tem outros motivos.
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