Doença das artérias coronárias e ataque cardíaco em mulheres - Fatores de risco

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Que mulheres têm mais risco para doença das artérias coronárias?

Certas características, condições médicas ou hábitos podem elevar o risco para doença das artérias coronárias. São os fatores de risco, os quais também aumentam a chance de uma doença das artérias coronárias já existente piore.

Mulheres têm os mesmos fatores de risco para doença das artérias coronárias que homens. Porém, alguns fatores de risco podem afetar mulheres de forma diferente do que os homens. Por exemplo, diabetes eleva o risco de doença das artérias coronárias mais em mulheres. Além disso, outros fatores, como pílula anticoncepcional e menopausa, podem afetar o risco da mulher para doença das artérias coronárias.

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Há vários fatores de risco para doença das artérias coronárias. O risco para doença das artérias coronárias e ataque cardíaco aumenta com a quantidade de fatores de risco que a pessoa tem e suas severidades.

Ter somente um fator de risco dobra o risco para doença das artérias coronárias. Ter dois fatores de risco eleva por quatro o risco. Ter três ou mais fatores de risco eleva a probabilidade de doença das artérias coronárias em mais de dez. Alguns fatores de risco, como fumo e diabetes, aumentam mais a probabilidade de doença das artérias coronárias e ataque cardíaco do que os outros fatores. É possível controlar a maioria dos fatores de risco. Porém, alguns fatores de risco não podem ser controlados.

Fatores de risco para doença das artérias coronárias e ataque cardíaco que podem ser controlados

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Fumo
Esse é o pior fator de risco que as mulheres podem controlar. Fumar ou ficar exposta por longo tempo ao fumo passivo, eleva o risco de doença das artérias coronárias e ataque cardíaco. Fumar também aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos nas artérias, os quais podem ocasionar ataque cardíaco. Quanto mais a pessoa fuma, maiores são os riscos para ataque cardíaco. Mesmo mulheres que fumam menos de dois cigarros por dia estão sob risco elevado para doença das artérias coronárias.

Altos níveis de colesterol e triglicérides no sangue
O colesterol viaja pela corrente sanguínea em pequenos pacotes chamados lipoproteínas. Os dois principais tipos de lipoproteínas são LDL e HDL. O colesterol LDL é algumas vezes chamado de “colesterol ruim”. Isso porque ele carrega colesterol para tecidos, incluindo as artérias do coração. Colesterol HDL é algumas vezes chamados de “bom colesterol”. Isso porque ele ajuda a remover colesterol das artérias. Um teste de sangue chamado perfil lipoproteína é usado para medir os níveis de colesterol, dando informação sobre o colesterol total, LDl, HDL e triglicérides (um tipo de gordura encontrada no sangue). Nível de colesterol total maior que 200 mg/dL e LDL maior que 100 mg/dL, ou HDL menos que 50 mg/dL aumentam o risco da mulher de doença das artérias coronárias. Triglicérides acima de 150 mg/dL também aumentam o risco da mulher sofrer doença das artérias coronárias.

Pressão alta
Mulheres com pressão sanguínea acima de 12 por 8 possuem risco maior para doença das artérias coronárias. A pressão sanguínea deve ser menor em mulheres que têm doença renal ou diabetes.

Diabetes e pré-diabetes
Diabetes é uma doença na qual o nível de açúcar no sangue é muito alto porque o corpo não fabrica insulina suficiente ou não a usa apropriadamente. Com o tempo, o nível alto de açúcar no sangue pode contribuir para aumentar o acúmulo de placa nas artérias. Pré-diabetes é uma condição na qual o nível de açúcar no sangue é mais alto que o normal, mas não tão alto como na diabetes. Pré-diabetes aumenta o risco para diabetes e doença das artérias coronárias. Tanto a diabetes como a pré-diabetes aumentam o risco para doença das artérias coronárias mais em mulheres do que em homens.

Sobrepeso e obesidade
Em adultos, um IMC de 18,5 a 24,9 é considerado normal. De 25 a 29,9 é considerado com sobrepeso, e acima de 30 é considerado com obesidade. Mulheres que carregam a maior parte da gordura ao redor da cintura (obesidade tipo maçã) têm maior risco para doença das artérias coronárias do que as com maior acúmulo nos quadris e coxas (obesidade tipo pêra). Estudos também sugerem que mulheres cujo peso aumenta e diminui dramaticamente (tipicamente em decorrência de dietas sem orientação) possuem maior risco para doença das artérias coronárias. Essas mudanças de peso podem diminuir os níveis do colesterol HDL (bom colesterol).

Pílulas anticoncepcionais
Mulheres que fumam e tomam pílula anticoncepcional têm risco muito elevado para doença das artérias coronárias, especialmente se tiverem mais de 35 anos de idade. Os risco da pílula anticoncepcional em mulheres que não fumam ainda não é completamente compreendido.

Falta de atividade física
Pessoas inativas têm quase o dobro de probabilidade de desenvolver doença das artérias coronárias do que as ativas fisicamente. A falta de atividade física pode piorar outros fatores de risco para doença das artérias coronárias, como colesterol e triglicérides altos, pressão alta, diabetes e pré-diabetes, sobrepeso e obesidade.

Falta de alimentação saudável
Uma alimentação que não é saudável pode elevar o risco de doença das artérias coronárias. Por exemplo, alimentos com muitas gorduras saturadas e trans podem elevar os níveis de colesterol no sangue. Tente limitar esses alimentos. As gorduras saturadas são encontradas em algumas carnes, laticínios, chocolate, óleos de origem animal, óleo de coco e azeite de dendê. Alimentos fritos e processados freqüentemente contêm gorduras saturadas. Já a gordura trans é encontrada em alguns alimentos fritos e processados. Colesterol é encontrado em ovos, muitas carnes, laticínios e certos frutos do mar. Também é importante limitar alimentos que contêm muito sódio (sal) e açúcares simples. Procure, além disso, limitar a quantidade de álcool ingerida. Mulheres não devem ingerir mais que um drink por dia. Mulheres grávidas não devem beber.

Estresse ou depressão
O estresse pode contribuir para o desenvolvimento de doença das artérias coronárias. O estresse pode desencadear o estreitamento das artérias, elevando a pressão sanguínea e risco de ataque cardíaco. Estresse também pode elevar indiretamente o risco para doença das artérias coronárias se a fizer fumar ou comer alimentos ricos em gorduras ou açúcar. Pessoas com depressão têm duas ou três vezes mais probabilidade de desenvolver doença das artérias coronárias. A depressão é mais comum em mulheres do que em homens.

Anemia
A anemia é uma condição na qual o sangue tem quantidade de células vermelhas menor do que o normal. Se você tem anemia, seus órgãos não recebem sangue rico em oxigênio suficiente. Isso faz o coração trabalhar mais pesado, o que pode elevar o risco para doença das artérias coronárias e doença da microvasculatura coronariana. Anemia tem várias causas. Para mais informações, leia o artigo Causas da Anemia e Fatores de Risco.

Apnéia do sono
A apnéia do sono é um transtorno comum, no qual a pessoa tem pausas na respiração enquanto dorme. Essas pausas na respiração podem durar de poucos segundos até minutos. Quando a respiração é interrompida, a falta de oxigênio faz o corpo liberar hormônios de estresse. Isso resulta em elevação da pressão e torna maior a probabilidade de coágulo sanguíneo. Apnéia do sono não tratada pode elevar as chances de ter pressão alta, diabetes, ataque cardíaco e derrame. As mulheres possuem maior probabilidade de desenvolver apnéia do sono depois da menopausa.

Fatores de risco para doença das artérias coronárias e ataque cardíaco que não podem ser controlados

Os fatores de risco que não podem ser controlados incluem:
* Idade e menopausa.
* Histórico familiar.
* Preeclampsia, uma condição que ocorre na gravidez e têm como principais sintomas pressão alta e excesso de proteína na urina.

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Créditos:
Tradução: copyright © 2011 por Helio Augusto Ferreira Fontes
Texto:
National Heart Lung and Blood Institute