A dieta do dr. Atkins, popularizada pelo livro “Dr. Atkins' New Diet Revolution” de 1998, promove o emagrecimento através do consumo de alimentos com pouco
carboidrato e muita
proteína e gordura, porém não necessariamente com poucas calorias.
Segundo o doutor Atkins, esse tipo de dieta poderia iniciar maior perda de peso do
que as dietas convencionais com equilíbrio de carboidratos,
gorduras e proteínas. Adicionalmente, a dieta de Atkins supostamente seria amigável àqueles com tendência a
diabetes, uma vez que
baixa ingestão de carboidratos poderia reduzir a necessidade do corpo por insulina. O conceito da dieta de Atkins é oposto ao usado por anos pelos nutricionistas tradicionais e especialistas médicos.
A comunidade médica
e a Dieta de Atkins
A resposta inicial da comunidade médica foi de que a dieta de Atkins provavelmente não seria segura, uma vez que anos de evidência científica sugeriam que a ingestão de muita gordura poderia elevar as taxas de
colesterol e, desta forma, aumentar os riscos de doença cardiovascular. Depois de anos do lançamento da dieta de Atkins, alguns resultados importantes de pesquisas estão começando a aparecer na literatura científica sobre quais seriam seus os riscos e se ela teria benefícios.
Um desses estudos sobre a dieta de Atkins foi publicado em 2003 no New England Journal of Medicine. Os pesquisadores conduziram um experimento controlado para determinar as diferenças na perda de peso em homens e mulheres com obesidade que seguiram a dieta de Atkins comparando com os que seguiram uma dieta convencional com redução total de calorias. Esse estudo durou um ano.
Além de monitorar a perda de peso, outros teste foram feitos incluindo
de açúcar no sangue, colesterol, HDL (o bom
colesterol), níveis de insulina e pressão sanguínea. Os resultados foram interessantes e diferentes do que a maioria dos nutricionistas tradicionais esperariam. Assim como
doutor Atkins defendia, depois de 3 meses os voluntários que seguiram a dieta de Atkins perderam 7-10% do peso original, enquanto os com a dieta convencional de poucas calorias perderam 3-5%. Os resultados depois de 6 meses foram similares. Porém, depois de um ano, aqueles seguindo a dieta de Atkins recuperaram peso, de modo que a diferença entre os dois grupos ficou insignificante. Isso indica que a dieta de Atkins poderia proporcionar maior perda de peso nos primeiros meses, mas não depois de um ano.
Outro resultado interessante deu suporte à visão dos nutricionistas tradicionais, mostrando que o colesterol no sangue elevou em torno de 3% nos que seguiram a dieta de Atkins, ao passo que caiu 5% nos que seguiram a dieta convencional de poucas calorias. Por outro lado, o “bom” colesterol HDL subiu 20% nos que seguiram a dieta de Atkins, mas apenas 3% naqueles com a dieta convencional. Nenhuma das duas dietas afetou o açúcar no sangue, pressão sanguínea e níveis de insulina.
Os resultados finais do estudo sugerem que os voluntários que consumem a dieta de Atkins podem inicialmente
emagrecer mais rápido do que os na dieta convencional, mas depois de um período longo essa diferença é perdida. Os pesquisadores sugerem um estudo mais longo e maior antes de fazer conclusões sobre os benefícios e riscos da dieta de Atkins.
Outro estudo interessante apareceu no jornal Perception and Motor Skills. Esse grupo estudou os efeitos da
dieta de Atkins na reposta de voluntários a exercícios físicos agudos. Embora esse estudo tenha durando apenas 3 semanas, os resultados apóiam fortemente a hipótese de que aqueles que seguem a dieta de Atkins experimentam mais fadiga, menos efeitos positivos e mais negativos dos exercícios físicos. Entretanto, os seres humanos são incrivelmente adaptáveis e seria interessante ver como superariam os efeitos negativos depois de consumir a dieta de Atkins por período de tempo mais longo. Por outro lado, também é possível que esses efeitos fiquem ainda mais negativos.
Assim como a maioria das dietas não convencionais, a de Atkins começou com grande publicidade com sua
teoria sobre corpos cetônicos, etc. Desta forma, muitas pessoas a tentaram ou a utilizam atualmente. Como a estimativa de que milhões de pessoas tenham
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