O que é distrofia muscular?
O
termo distrofia muscular refere-se a um grupo de mais de 30 doenças genéticas
que causam fraqueza progressiva e degeneração dos músculos esqueléticos
usados durante o movimento voluntário. Essas doenças variam em idade do
aparecimento, gravidade e padrões dos músculos afetados.
Todas as formas de
distrofia muscular ficam piores à medida que os músculos degeneram
progressivamente e enfraquecem. A maioria dos pacientes acaba perdendo a
capacidade de caminhar.
Alguns tipos de distrofia muscular também afetam o
coração, sistema gastrintestinal, glândulas endócrinas, espinha, olhos,
cérebro e outros órgãos. Doenças
respiratórias e cardíacas
são comuns, e
alguns pacientes podem desenvolver problemas para engolir. Distrofia muscular
não é contagiosa e não pode ser adquirida através de lesão ou alguma
atividade.
Causas
da distrofia muscular
Todos
os tipos de distrofia muscular são herdados e envolvem a mutação de um dos
milhares de genes que programam as proteínas, as quais são críticas para a
integridade muscular. As células do organismo não funcionam apropriadamente
quando as proteínas são afetadas ou produzidas em quantidades insuficientes.
Muitos casos de distrofia muscular ocorrem em decorrência de mutação
espontânea, que não é encontrada nos genes de nenhum dos pais, e esse defeito
pode ser passado à próxima geração. Genes
contêm mensagens codificadas que determinam as características de uma pessoa e
estão arrumados em 23 pares de cromossomos com metade de cada par herdada de
cada pai.
Distrofia muscular pode ser herdada de três formas:
* Herança autossômica dominante ocorre quando a criança recebe um gene normal
de uma pai e eu defeituoso do outro. Chama-se "dominante" porque apenas
um dos pais precisa passar um gene anormal para produzir a distrofia muscular.
Em famílias onde um dos pais carrega um gene defeituoso dominate, cada criança tem 50%
de probabilidade de herdá-lo, e desta forma desenvolver distrofia muscular.
Homens e mulheres têm risco igual e a gravidade da doença varia de pessoa para
pessoa.
* Herança autossômica recessiva significa que ambos os pais precisam
carregar e passar o gene defeituoso. Cada pai tem um gene defeituoso, porém
não desenvolvem distrofia muscular. Crianças nessas famílias têm 25% de
chances de herdar ambas as cópias do gene defeituoso e assim desenvolver a
doença, e 50% de chances de herdar apenas um gene e desta forma não
desenvolver distrofia muscular mas ser capaz de passar esse gene defeituoso à próxima
geração. Crianças de ambos os sexos podem ser afetadas por esse
padrão de herança.
* Herança recessiva ligada ao sexo ocorre quando a mãe carrega o gene
afetado em um dos dois cromossomos X e o passa ao filho homem (homens sempre
herdam o cromossomo X da mãe e Y do pai, enquanto mulheres herdam o cromossomo X de ambos os pais). Homens filhos de mães portadores têm 50% de chances de
herdar a doença. Mulheres filhas de mães portadoras têm 50% de chances de
herdar o gene defeituoso mas geralmente não desenvolvem a doença desde que o
cromossomo X que herdou do pai possa compensar o defeituoso. Mulheres portadoras
do gene defeituoso ocasionalmente podem exibir sintomas leves de distrofia
muscular.
Tratamento
para distrofia muscular
Não
há tratamento específico que possa parar ou reverter a progressão de qualquer
tipo de distrofia muscular. Todas as formas de distrofia muscular são
genéticas e não podem ser prevenidas. O tratamento para distrofia muscular
visa manter o paciente independente o maior tempo possível e prevenir
complicações resultantes da fraqueza, diminuição de mobilidade e
dificuldades cardíacas e respiratórias. O tratamento pode envolver uma
combinação de ações como fisioterapia, remédios e cirurgia.
Ventilação assistida é muitas vezes necessária para tratar a fraqueza
respiratória que acompanha muitas formas de distrofia muscular, especialmente
nos últimos estágios. A terapia com remédios pode ser receitada para adiar a
degeneração muscular. Porém, os remédios podem ter efeitos colaterais como
ganho de peso e fragilidade óssea que podem ser problemáticos especialmente
para crianças. Antibióticos podem ser usados para tratar infecções
respiratórias.
Fisioterapia
pode ajudar a prevenir deformidades, melhorar a movimentação e manter os
músculos o mais flexíveis e fortes possível. A fisioterapia deve começar o
mais cedo possível depois do diagnóstico, antes que ocorra rigidez da
musculatura e articulações.
Mudanças
na dieta não mostraram efeito na diminuição da progressão da distrofia
muscular. Porém, alimentação apropriada é essencial para a saúde geral. A
limitação de mobilidade resultante da fraqueza muscular pode contribuir para obesidade,
desidratação e
constipação. Um dieta com poucos
carboidratos e rica
em fibras e proteínas, combinada com ingestão apropriada de fluidos, pode
ajudar. Pacientes com distrofia muscular com problemas para engolir ou respirar,
e aqueles que perderam a capacidade de caminhar independentemente, devem ser
monitorados para sinais de malnutrição.
Terapia
ocupacional pode ajudar alguns pacientes a lidar com a fraqueza progressiva e
perda de mobilidade. Algumas pessoas podem precisar aprender novos trabalhos e
outras formas de realizar tarefas, enquanto outras precisam trocar de emprego.
Ajuda tecnológica pode incluir modificações na arrumação de casa e
trabalho, assim como uso de cadeira de rodas motorizada, acessórios para
cadeira de rodas e utensílios adaptados. Cirurgia
corretiva é muitas vezes feita para aliviar as complicações decorrentes da
distrofia muscular.
Saiba
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Distrofia muscular de Duchenne - O que é, causas, sintomas
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