O
que é o DIU
O
DIU, dispositivo intrauterino, é um produto anticoncepcional colocado no
útero. O médico alemão Ernst Gräfenberg inventou o DIU e foi a primeira
pessoa a comercializá-lo. DIU é o método anticoncepcional reversível mais
usado no mundo, sendo utilizado por quase 160 milhões de mulheres das quais 2/3
são chinesas. O DIU deve ser colocado e removido do útero por um médico. DIU
fica no útero por todo o período de tempo que a concepção não for desejada.
Dependendo do tipo, o DIU é aprovado para 5 a 10 anos de uso.
Eficiência, mecanismo de contracepção do DIU e classificação como abortivo
Toda
a segunda geração de DIU T de cobre tem a taxa de falha de menos de 1% ao ano
e uma falha cumulativa de 10 anos ente 2 e 6%. Um estudo de grande escala da
Organização Mundial da Saúde reportou uma taxa de falha para 12 anos de uso
do DIU de 2,2%. O DIU de cobre também pode ser usado como método de
contracepção de emergência. Se um DIU for inserido dentro de 5 dias após a
relação sexual o risco de engravidar é reduzido à mesma taxa de uma mulher
que já estivesse usando o DIU durante o ato sexual.
A presença do DIU no útero promove a liberação de leucócitos e prostaglandinas
pelo endométrio. Essas substâncias são hostis tanto ao esperma quando ao ovo.
Quando usado continuamente para contracepção, o mecanismo primário de ação
é espermicida/ovicida. Porém, acredita-se que mecanismos pós-fertilização
contribuam efetivamente para a eficiência do DIU e devem ser o principal fator
quando o DIU é usado como contracepção de emergência. Esse mecanismos pós-fertilização faz algumas pessoas e organizações a darem classificação
do DIU como abortivo.
Uso
do DIU como contracepção de emergência
O
DIU pode ser usado para contracepção de emergência até 5 dias após a
relação sexual. A colocação do DIU de cobre como contraceptivo de
emergência tem a taxa de eficiência superior a 99%, o que o torna mais
confiável do que as pílulas contraceptivas de emergência, mais conhecidas
como pílulas do dia seguinte.
Contra-indicações
do DIU
O Organização Mundial da Saúde usa as seguintes condições para as quais o
uso do DIU não é recomendado ou para quando ele não deve ser inserido
Condições
nas quais há riscos teóricos ou comprovados que geralmente superam as
vantagens de usar o DIU:
* Uso entre 48 horas e 4 semanas após o parto.
* Doença trofoblástica gestacional benigna.
* Câncer de ovário.
* Exposição provável a gonorréia ou clamídia.
* AIDS.
Condições
que representam risco inaceitável para o uso do DIU:
* Gravidez.
* Sepse puerperal pós-parto.
* Antes da avaliação de sangramento vaginal sem explicação.
* Doença trofoblástica gestacional maligna.
* Câncer cervical.
* Câncer endométrio.
* Distorções da cavidade uterina por fibróide uterina ou anormalidades
anatômicas.
* Doença inflamatória pélvica.
* Cervicite purulenta.
* Infecção por clamídia ou gonorréia.
* Tuberculose pélvica.
Efeitos
colaterais e complicações do DIU
O
colocação do DIU pode introduzir bactérias no útero. O processo de
colocação do DIU carrega um risco pequeno de doença de inflamatória pélvica
nos primeiros 20 dias. É muito importante que sejam utilizadas técnicas para prevenir
infecções durante a colocação do DIU. Antibióticos devem ser dados
antes da colocação do DIU em mulheres com alto risco de endocardite
(infecção das válvulas cardíacas), mas não devem ser usados rotineiramente.
Após a colocação do DIU a menstruação tende a ser mais forte ou mais
dolorida, especialmente durante os primeiros meses após sua inserção. O
desconforto na menstruação é a causa mais comum para a emoção do DIU.
Complicações com o DIU incluem sua expulsão e perfuração uterina. A
perfuração uterina é geralmente causada por inexperiência do médico e é
muito rara. A expulsão do DIU é mais comum e mulheres jovens, as que não
tiveram filhos e quando o DIU é inserido logo após o parto ou aborto.
Embora a taxa de gravidez ao usar o DIU seja baixa, se ela ocorrer existe o
risco mais elevado de aborto e parto prematuro. Esses riscos mais elevados
terminam se o DIU for removido quando a gravidez for descoberta.
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