É a ejaculação que acontece de forma sistemática antes do desejado pelo homem, trazendo-lhe frustração e pouco prazer no ato sexual. Esse transtorno traz grandes problemas de desajuste para os casais que passam a ter na atividade sexual não mais uma fonte de prazer e sim de constrangimentos, desconfianças e brigas. E isso independe do tempo da ejaculação.
Alguns homens se satisfazem ejaculando em 2 minutos, outros se julgam ejaculadores precoces se ejacularem antes de 30 minutos. Não existe um tempo normal para ejacular. O que existe entre os homens, e não existe entre os outros animais, é a capacidade de controlar a ejaculação no momento que lhe for mais adequado.
Apesar de a ejaculação precoce ser atribuída a algumas causas orgânicas como prostatite,
uretrite, diabetes, quase sempre são de causa emocional. Podem acompanhar o homem desde o início da sua vida sexual, ou aparecer depois por motivos psicológicos. Em geral não recomendamos o uso de medicamentos antidepressivos para o seu tratamento. Esses medicamentos costumam demorar alguns dias para fazer efeito, provocam sonolência, devem ser tomados todos os dias e depois de poucas semanas deixam de atuar, com os pacientes voltando a ter os mesmos problemas de antes.
Tratamento
da ejaculação precoce
O tratamento consiste em 2 etapas: adotamos de rotina a medicação injetável intracavernosa (primeira etapa) como meio de dar aos pacientes a certeza de ele será capaz de obter e manter a sua ereção mesmo que ejacule precocemente. Isso dará ao paciente condição de manter a penetração por longos 60 ou 90 minutos.
Sendo capaz de manter a sua ereção, ele se vê tendo relação sexual sem se preocupar como orgasmo, pois mesmo que já tenha gozado, ele mantém o pênis ereto para dar prazer à sua parceira. Com isso ele diminui a sua ansiedade o que facilita o trabalho do psicólogo (segunda etapa).
É fundamental o acompanhamento psicológico do paciente, de preferência do casal. Assim o psicólogo orienta a maneira como o homem poderá perceber e controlar as sensações que antecedem o momento do orgasmo. E à medida que o homem começa a controlar a sua ejaculação, o psicólogo orienta para a diminuição gradual da dose do medicamento injetado, sendo que ao final de 2 a 3 meses esses pacientes recebem alta.
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