Partida de Frescobol - Foto: FEGAFRE
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História
do Frescobol
Bolinha vai, bolinha vem... às vezes rápida, às vezes bem devagar, mas ela não cai... não cai porque o outro jogador faz de tudo para facilitar a jogada.
Diferente do tênis onde os jogadores são adversários e fazem de tudo para surpreender o outro e ganhar o ponto. No frescobol é assim, os jogadores são parceiros e quando um erra, o outro se sente culpado por não ter devolvido a bola "redondinha". Ou seja, na mão. Quando um jogador perde o controle devolvendo a bola "quadrada" mas o outro salva a jogada, os aplausos vão para os dois e o que perdeu o controle agradece pelo salvamento da jogada e ainda pede desculpas pela falha. O frescobol é um jogo tipicamente de praia e de parceria onde o fundamento básico é manter a bola em jogo o maior tempo possível. Tanto é assim que nos campeonatos nacionais, a exemplo de outros esportes como o surf e a Ginástica Olímpica os juizes dão as notas para as seqüências de jogadas e performances das duplas, por isso mesmo o julgamento só começa a partir da quinta rebatida.
No frescobol não existe metragem de campo definida e os atletas escolhem a distância um do outro de acordo com os estilos mais ou menos agressivos que pretendem apresentar sem errar. Se a opção é velocidade a distância diminui e os atletas jogam mais plantados. Isso varia também de acordo com as características das areias das praias. Ou seja, mais fofa ou mais dura.
Areias mais fofas dificultam deslocamentos levando os jogadores optarem pelo estilo rápido.
Os jogos de raquete vem de longa data mas o frescobol pode ter as suas raízes em outras atividades similares.
No norte da França por exemplo, no século XV existia o "Jeu de Paume", jogo de palma que consistia em lançar um bolinha contra uma parede, ou de um lado para o outro com as mãos revestidas com luvas de couro, mais tarde evoluindo para pás de madeira.
O reinado de Henrique VIII na Inglaterra teve como uma das características a prática de jogos semelhantes podendo ser atribuída à região Basca da Europa a introdutora inspiradora do frescobol. A Pelota Basca por exemplo, teve muitos desmembramentos e daptações pelo mundo afora.
No Brasil, o berço do frescobol foi Copacabana em 1946 quando após o término da Segunda Guerra Mundial o Sr. Lian Pontes de Carvalho, um fabricante de móveis de piscina e pranchas de madeira idealizou e introduziu o esporte no posto 2 que rapidamente espalhou-se por toda a Zona Sul.
Se por um lado o frescobol é um jogo de parceria estimulando a amizade, por outro é uma atividade que enfrenta problemas de choques e desavenças entre atletas e banhistas. Por conta disso em 1950 e 51 surgiu a primeira proibição na praia de Copacabana sendo então transferida para a praia do Diabo tornando-se a grande academia do Rio de Janeiro.
Esse tipo de problema existe em todas as praias mas cada prefeitura tem encontrado as suas soluções negociadas entre as partes. Algumas praias têm horários e locais estabelecidos e outras apenas local demonstrando evolução social. Proibição pura e simples não se coaduna com o regime democrático em que vivemos.
Fisiologia
do Frescobol
Quanto à Fisiologia não requer grandes performances a não ser força e agilidade nos membros superiores no manuseio da raquete associado à coordenação motora e reflexo, valências físicas desenvolvidas com o frescobol. Como é um jogo de parceria, pode ser praticado por ambos os sexos e todas as idades porque o fundamento estimula sempre o interesse do desenvolvimento do outro.
Onde nasce a ética? - Essa vai para os profissionais que vão ter aula de ética dia 26 em Petrópolis. Ao pé da letra é o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. Pode ser também. Conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada. (Dicionário Aurélio verbetes ética e moral) Na minha opinião, e não sou dono da verdade, a ética pode ser Formal e Informal. A primeira refere-se ao conjunto de regras profissionais escritas onde ao ser transgredidas sujeita o infrator à julgamento pelo Tribunal Federal.
A segunda, a Informal, não tem princípio nem fim porque depende dos valores pessoais de cada um. O que é certo para um pode não ser para o outro. Um sujeito pode por exemplo adquirir um grande conhecimento técnico e aplicá-lo de forma indevida perante á ética formal e a sociedade. Aí temos a boa técnica e má ética. O conhecimento técnico aplicado ao bem da sociedade constrói o profissional de boa técnica e boa ética. É o que se deseja.
Cartas para:
lcmoraes@compuland.com.br
Para Refletir: Quem só faz curso e não coloca em prática, não aprende nada.
Sobre a Ética - Quem vende um produto precisa conhecer e acreditar nele para convencer o cliente. O profissional de Educação Física precisa antes de tudo acreditar no ofício.
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