Muitas pessoas não conhecem o Glaucoma. No entanto, a doença, que atinge quatro milhões de pessoas em todo o mundo, é socialmente muito importante. Por ser degenerativa e atingir o nervo Óptico, o Glaucoma pode levar à cegueira, principalmente em função do aumento da pressão intra-ocular.
Atualmente, o Glaucoma é a segunda causa mais freqüente de cegueira no mundo. O problema é que normalmente o paciente não sente nada, isto é, não tem olho vermelho, não tem dor e nem piora da acuidade visual. Na verdade, ele perde lentamente o campo de visão, que vai diminuindo de fora para dentro até atingir o centro da visão. Logo, o paciente com Glaucoma pode não perceber, mas está ficando cego aos poucos.
O Glaucoma é uma doença normalmente de pessoas idosas, portanto, quanto mais idade tiver o paciente maior será o risco. Pessoas com parentes diretos com Glaucoma têm chance maior de desenvolver a doença, assim como pessoas de cor negra, míopes ou diabéticos.
A melhor forma de prevenir a doença é procurar um médico oftalmologista e se certificar que a medida da pressão intra-ocular é normal para seu nervo Óptico. Em caso de dúvida, um exame de campo visual deve ser solicitado para ajudar na elucidação diagnóstica.
O tratamento consiste em diminuir a pressão do olho. “Em um primeiro momento, tentamos fazer isto de forma clínica, ou seja, com colírios”, explica o oftalmologista Renato Klingelfus Pinheiro. Caso a doença não fique controlada é possível utilizar tratamento cirúrgico que também objetiva abaixar a pressão intra-ocular.
A cirurgia permite ao médico criar uma fístula de drenagem extra-ocular com um espaço para represar o líquido drenado. Infelizmente, em alguns casos pode ocorrer uma falha desta cirurgia que é conhecida como trabeculectomia. Esta perda de função da cirurgia pode ser tratada com medicamentos ou através de uma nova técnica conhecida como “Revisão Interna de Simmons”.
A revisão permite aproveitar o local da primeira cirurgia, liberando o canal e soltando a fibrose responsável pelo fechamento do reservatório criado na primeira cirurgia. “A grande vantagem é que há um risco mínimo de aumentar a fibrose, já que não tocamos na conjuntiva”, comenta Klingelfus. Em todo o mundo 2,4 milhões de novos casos são diagnosticados
anualmente.
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