Receio de cumprimentar, andar de mãos dadas, tirar os sapatos ou tentativas constantes de esconder a marca de suor na blusa. Essas são algumas das atitudes que fazem parte da rotina de quem sofre com a hiperidrose - suor excessivo causado por uma disfunção no organismo. As áreas mais atingidas são as axilas, palmas das mãos e plantas dos pés.
O problema atinge tanto homens quanto mulheres e os primeiros sinais costumam surgir no final da infância ou começo da adolescência. "A hiperidrose é classificada pelos médicos em dois tipos: primária e secundária. A primeira é desencadeada por fatores genéticos, enquanto a segunda está relacionada a alterações hormonais, hipertiroidismo e excesso de peso, entre outras causas" - afirma a dermatologista Dra. Alessandra Nogueira.
Quem sofre com a hiperidrose primária costuma relatar sudorese excessiva, praticamente contínua, e que costuma intensificar em situações de ansiedade, aumento da temperatura ambiente, ingestão de alimentos com muito condimento etc.
Tratamentos
para hiperidrose
Há diversas opções de tratamento que podem resolver temporariamente ou solucionar o problema de vez, desde o uso de medicações locais até a aplicação de toxina botulínica e intervenção cirúrgica.
Toxina botulínica - a substância pode ser aplicada nas axilas ou palmas das mãos por meio de injeções, no próprio consultório. Os resultados finais são alcançados em cerca de duas semanas e a duração do efeito pode chegar a oito meses, dependendo de cada paciente. É uma ótima opção para quem não quer se submeter a métodos mais invasivos, como cirurgias.
Simpatectomia - consiste na ressecção de um segmento do nervo simpático, corrigindo a hiperidrose localizada. Este procedimento pode provocar sudorese compensatória, ou seja, excesso de suor em outras partes do corpo, o que pode acontecer temporariamente - até que o organismo se adapte com o fim da hiperidrose na área tratada - ou até mesmo se tornar um problema contínuo.
Cirurgia de ressecção das glândulas sudoríparas - procedimento realizado nas axilas, no qual as glândulas responsáveis pela produção de suor são removidas. No pós-operatório é comum ocorrer hematomas.
Clipe de titânio - no lugar de cortar e remover o nervo causador do problema, o nervo é clipado, podendo ser desfeito caso haja insatisfação com os resultados.
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