Hipertensão: o que é e como prevenir

Homem medindo sua pressão - NIDDK Image Gallery

Em torno de 1 em cada 3 adultos nos EUA têm hipertensão, ou pressão alta, porém muitos não sabem disso. Hipertensão é algumas vezes chamada de “assassina silenciosa”, porque geralmente não apresenta sinais de alerta, mas ainda assim pode ocasionar condições potencialmente fatais como ataque cardíaco e AVC. A boa notícia é que a hipertensão, ou pressão alta, frequentemente pode ser prevenida ou tratada. Diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida pode impedir que a hipertensão prejudique sua saúde. 

O fluxo sanguíneo normal fornece nutrientes e oxigênio para todas as partes do corpo, incluindo órgãos importantes como coração, cérebro e rins. Seu batimento cardíaco ajuda a empurrar sangue através da vasta de rede de vasos sanguíneos, que por sua vez se ajustam constantemente. Os vasos sanguíneos ficam mais estreitos ou largos para manter a pressão sanguínea e o sangue fluindo em uma taxa saudável.

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É normal que sua pressão sanguínea suba e desça ao longo do dia. A pressão sanguínea é afetada pelo horário do dia, exercícios, alimentação, estresse e outros fatores. Problemas podem aparecer quando a sua pressão sanguínea permanece elevada por muito tempo.

Pressão alta pode fazer seu coração trabalhar muito duro e perder força. O fluxo sanguíneo muito forte pode danificar seus vasos sanguíneos, tornando-os mais fracos, tensos ou estreitos. Com o tempo, hipertensão pode danificar vários órgãos importantes, incluindo coração, rins, cérebro e olhos.

“Hipertensão é uma dos principais fatores de risco para mortes e incapacitações em todo o mundo”, diz Dr. Paul Whelton, especialista em hipertensão e doenças renais na Tulane University. “Hipertensão eleva o risco de ter ataque cardíaco, insuficiência cardíaca, AVC e doença renal”.

Qualquer um, mesmo crianças, pode desenvolver pressão alta. Porém, o risco para hipertensão aumenta com a idade. “Depois dos 60 anos de idade, em torno de 2/3 da população é afetada pela hipertensão”, diz Dr. Whelton.

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Excesso de peso ou ter histórico familiar de pressão alta também eleva o risco para hipertensão.

Uma vez que geralmente não apresenta sintomas, a única forma de saber ao certo se tem hipertensão é medir a sua pressão. Isso pode ser feito facilmente com aparelhos de pressão. A medida é dada em 2 números. O primeiro representa a pressão nos seus vasos sanguíneos quando o coração bate (chamada pressão sistólica). O segundo é a pressão quando seu coração relaxa e enche de sangue (pressão diastólica). Especialista geralmente concordam que a pressão mais segura, ou “pressão normal”, é 120/80 ou menos. 

“Hipertensão é definida como ter uma pressão sanguínea acima de 140/90”, diz Dr. Lawrence Fine da NIH (National Institutes of Health), que supervisiona pesquisas sobre tratamento e prevenção da hipertensão. Uma vez que a pressão sanguínea pode variar bastante de dia para dia, um diagnóstico de hipertensão é geralmente baseado em uma média de 2 ou mais medidas tomadas em 2 ou mais ocasiões.

Se a sua pressão sanguínea estiver entre “normal” e “hipertensão”, ela é alguma vezes chamada pré-hipertensão. Pessoas com pré-hipertensão têm maior probabilidade de desenvolver pressão alta se não tomarem medidas preventivas.

“Sabemos que podemos prevenir a hipertensão através da dieta, perda de peso e atividade física”, diz Dr. Whelton. “Também podemos tratá-la eficientemente”. 

Se você for diagnosticado com pressão alta, seu médico prescreverá um plano de tratamento. Provavelmente você será aconselhado a fazer mudanças saudáveis em seu estilo de vida. Também poderá ter que tomar medicamentos. O objetivo do tratamento pe reduzir sua pressão sanguínea o suficiente para evitar problemas mais sérios.

O quanto você deve procurar abaixar sua pressão? A resposta depende de muitos fatores, por isso é importante cooperar com seu médico em relação aos objetivos. As recomendações mais atuais são para uma pressão sistólica menor que 140. Essas recomendações são algumas vezes ajustadas quando uma nova pesquisa é publicada.

Um estudo em grande escala financiado nelo NIH recentemente descobriu que pode haver muitos benefícios em buscar uma pressão muito mais baixa - 120 ou menos, ao invés de 140 - pelo menos para algumas pessoas. O estudo examinou adultos com mais de 50 anos que tinham risco mais elevado para doenças cardiovasculares, mas que não eram diabéticos. Metade buscou uma pressão sistólica e 120 e o restante uma de 140. 

O estudo foi interrompido mais cedo do que o previsto, depois de 3 anos, quando foram vistos claros benefícios no grupo da pressão menor. “Quando o tratamento visa uma pressão menor que 120, o risco de ter complicação cardiovascular como ataque cardíaco ou AVC era reduzido em 25%, e o risco de morte decorrente de todas as causas era reduzido em 27%”, diz Dr. Fine. Por outro lado, as pessoas do grupo que visava uma pressão menor tenderam a precisar de uma medicação adicional para abaixar a pressão. Além disso, elas tiveram mais hospitalizações decorrente de efeitos colaterais, incluindo pressão baixa, desmaio, e possível dano aos rins.

“Os resultados até o momento sugerem que, para pessoas mais velhas com hipertensão e risco mais elevado para doenças cardiovasculares, pode fazer sentido objetivar uma pressão mais baixa. Porém, pode haver problemas colaterais também, e cada paciente é diferente”, diz Dr. Whelton. “Os pesquisadores geram evidências para que os médicos possam ter informações para discutir com seus pacientes sobre os objetivos para a pressão sanguínea.

Estudos financiados pelo NIH tem claramente mostrado que mudanças para um estilo de vida mais saudável podem melhorar a pressão sanguínea. “Até pequenas mudanças ao longo do tempo podem ser benéficas”, diz Kathryn McMurry, cientista especialista em nutrição no NIH. “Em termos de alimentação, nossa melhor recomendação é seguir a dieta DASH”.

DASH significa em inglês “Dietary Approaches to Stop Hypertension”, ou métodos alimentares para interromper a hipertensão. “Não é uma dieta para seguir por um período curto de tempo, mas para ser parte de um estilo de vida saudável para toda a vida”, diz McMurry.

O plano alimentar DASH não necessita de alimentos especiais. Ao invés, ele fornece objetivos nutricionais diários e semanais. Ele é rico em verduras, legumes, frutas, grãos integrais ou laticínios com pouca gordura.

“O plano alimentar DASH é benéfico até para pessoas com pressão normal ou com pré-hipertensão. Pode ajudar a impedir que a pressão progrida para níveis mais elevados”, diz McMurry. Para mais informações, acesse o artigo Dieta DASH

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Créditos:
Tradução: copyright © 2016 por Helio Augusto Ferreira Fontes
Texto: NIH - National Institutes of Health