Primeiras
civilizações da história da África
Em
torno de 3.300 AC começam os registros da história da África com o
florescimento da escrita na civilização faraônica do Egito Antigo. A
civilização egípcia, uma da primeiras e mais duradouras da história,
perdurou até 343 AC com diferentes graus de influência sobre outras áreas
africanas ao longo do tempo. A influência egípcia se espalhou até onde é
hoje a Líbia, norte de Creta, Palestina, e ao sul até o reino da Núbia. Outra
grande civilização ao norte da África antes da conquista romana foi a de
Cartago.
Após
a conquista do norte da África pelos romanos, essa área foi integrada
economicamente e culturalmente ao resto do Império Romano. Assentamentos
romanos foram feitos onde é hoje a moderna Tunísia e em outros lugares ao
longo da costa do Mediterrâneo. O cristianismo se espalhou por essas áreas
desde a Palestina via Egito, indo também mais para o sul, além das fronteiras do Império Romano até a Núbia e Etiópia.
A
história da África no começo do século sétimo foi marcada pela expansão do
Califado Árabe Islâmico pelo Egito, e daí por todo norte
do continente. Após a conquista do norte da África, o islamismo se expandiu
para o sul do Saara principalmente através das rotas comerciais e migrações.
História
da África do século 9 ao 18
Na África pré-colonial houve provavelmente até 10.000 estados diferentes caracterizados por formas diversas de organizações políticas. No século 9 DC uma série de estados dinásticos, incluindo os primeiros estados Hauçás,
expandiram-se pela savana subsaariana, das regiões ocidentais até o Sudão Central. O mais poderosos desses estados eram Gana, Gao e o Império Kanem-Bornu. Gana declinou no século 11 e foi sucedido pelo Império Mali. Kanem aceitou o Islã no século 11.
Seguindo
ao colapso de Mali, um líder local chamado Sonni Ali (1464–1492)
fundou o Império Songhai, na região do Niger médio e Sudão Ocidental, e
tomou controle do comércio transaariano. Nas áreas de florestas na costa
ocidental, a história da África presenciou o aparecimento de reinos
independentes com pouca influência dos mulçumanos ao norte. Entre os séculos
15 e 17 emergiu o tráfego árabe de escravos, o qual eventualmente tomou até
18 milhões de escravos da África para partes do mundo mulçumano. Esse volume
foi semelhante ao posterior tráfego de escravos africanos pelo Atlântico.
Em
1418 a quinta expedição do almirante chinês Zheng He
alcançou a costa oriental da África. A duas últimas viagens de Zheng He,
sendo a derradeira em 1432, provavelmente navegaram até a costa ocidental
africana. Em 1482 os portugueses estabeleceram o primeiro de muitos entrepostos
comerciais ao longo da costa de Gana e Elmina.
Os principais itens de comércio eram escravos, ouro, marfim e especiarias. O
descobrimento da América em 1492 foi seguido por um grande desenvolvimento do
comércio de escravos, o qual antes dos portugueses era basicamente terrestre e
dentro do próprio continente africano.
História
da África no período colonial
Na
África ocidental o declínio da comércio de escravos pelo Atlântico depois de
anos 1820 causou mudanças dramáticas na economia e política. Na metade do
século 19 exploradores europeus ficaram cada vez mais interessados no coração
do continente africano para abrir áreas de comercio, mineração e outras
atividades comerciais. Adicionalmente, havia o desejo de converter os habitantes
ao cristianismo. No final do século 19 as potências européias entraram em
disputa por territórios na África, criando muitos estados coloniais e deixando
apenas duas nações independentes: Libéria e Etiópia. O domínio europeu na
África continuou até o final da Segunda Guerra Mundial, quando todos os
estados coloniais africanos gradualmente ficaram independentes.
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