Meu interesse sobre a tradição da
corrida nas sociedades nativas das Américas foi despertado pelo
domínio dos indígenas nas provas de
ultramaratona em trilhas. Nos EUA são
disputadas quatro importantes ultramaratonas de 100 milhas em trilhas
(Old Dominion, Western States, Leadville e Wasatch) que
geralmente são vencidas por nativos muitas vezes
calçando típicas sandálias feitas manualmente. Estes indígenas são descendentes da tradição de
corredores mensageiros, que
vem de tempos remotos, antes da colonização branca das
Américas.
Como as sociedades
nativas das Américas não possuíam cavalos, o sistema de corredores mensageiros
era fundamental
e foi usado por várias nações pré-colombianas como os Incas, Maias, Astecas e diversos povos
da América no Norte e Central. O treinamento destes
mensageiros, que vinha desde a infância, comparava-se aos dos
atletas profissionais de hoje. Eles eram capazes de cobrir
distâncias de 160 a 320 quilômetros em um dia!
A corrida
de revezamento era usada pelos mensageiros indígenas, tanto no
vasto Império Inca com sua rede de
estradas das Américas que totalizava a distância de 4.000 km desde
o sul do Chile até o Equador, quanto pelos Iroquois, no
leste dos Estados Unidos, para
ligar as nações
da sua confederação.
Mas as
corridas não eram usadas como esporte? A resposta é sim!
Nas
sociedades nativas das Américas também havia competições com
corridas. Além de ser usada por mensageiros, as corridas também faziam parte
de competições entre os nativos de várias regiões das
Américas, desde o gélido Alasca até os desertos escaldantes.
Até nas regiões mais gélidas do
Alasca os Esquimós realizavam corridas curtas durante o ritual
de 14 dias realizado durante o mês de janeiro.
Fonte: https://www.peabody.harvard.edu/mcnh_running/default.html
Gostou desse artigo? Então você pode recomendá-lo com o Google +1:
Voltar à
seção História do Atletismo
|