Quando alguém esguio, sem
barriga, corpo “malhado”, desses que popularmente chamam de “sarado” chega numa roda de amigos não escapa do comentário: ...É, tô precisando malhar também. Como é que você faz pra manter esse corpo?
E quantas pessoas que por algum motivo tenha que tirar a camisa na frente dos outros sente certa vergonha só porque está fora de forma? Isso quando não vira alvo de gozação do tipo: está em forma... De barril.
Essa não é a questão mais importante até porque nem sempre um sujeito meio gordinho está fora de forma e muito menos não tenha
qualidade de vida. Há quem tenha naturalmente mais dificuldade de emagrecer, mas que faz as suas caminhadas diárias, musculação e controla, pelo menos em parte, a alimentação. Esse sujeito tem mais qualidade de vida e mais saúde do que um outro magro, fumante, estressado com o trabalho, vivendo à beira de um ataque de nervos e até não são muito raros.
A ciência na área da Educação Física evoluiu tanto nos últimos anos que já se pode afirmar que quase tudo pode ser mudado no corpo com exceção da carga genética. Quem é baixinho vai continuar baixinho, quem é alto não vai diminuir nem muito menos crescer mais do que a natureza permite. Pernas finas? Dá pra engrossar. Pneuzinhos nos quadris? Dá pra tirar. Abdome protruso? Dá pra diminuir e até virar “tanquinho”. Bum bum caído? Dá pra endurecer. Braço molenga? Dá pra melhorar. Só não dá pra fazer milagre do tipo tirar daqui e colocar ali ou alguém que vive faltando à ginástica querer resultado. Também não dá pra transformar gordura em músculos porque são tecidos diferentes da mesma forma que músculos não transformam em gordura quando alguém pára de treinar. Os músculos ficam flácidos e pode-se até perder massa muscular conforme o tempo de parada ou alimentação inadequada.
Os métodos de treinamento de musculação, os equipamentos e a indústria alimentícia evoluíram muito em favor
de um corpo mais esbelto ditado pela mídia, mais forte e resistente às doenças embora a beleza externa não seja o fator mais importante quando se fala em saúde.
Ninguém mais tem dúvidas quando se trata de saúde do coração com relação a exercícios aeróbios. Médicos e profissionais de Educação Física não hesitam em recomendar e/ou prescrever
caminhada, corrida,
ciclismo, natação entre outras práticas aeróbias quando o objetivo é emagrecer e melhorar o sistema cardiovascular. Entretanto, as pessoas, embaladas pela televisão, cinema, revistas e jornais do mundo inteiro passaram a buscar o padrão estético das estátuas gregas disseminado pelos artistas que ganham fortunas com isso.
Para nós simples mortais, como dito, pode-se quase tudo. Quem é fino em cima e largo em baixo, com exercícios específicos para o tórax e costas disfarça um pouco. O culote (gordura localizada na face externa da articulação coxofemoral) que incomoda tantas mulheres, com exercícios para a região lateral da coxa também pode-se melhorar essa aparência embora a gordura localizada nessa região seja uma das mais difíceis de ser queimada, mas com a musculatura em baixo dela fortalecida essa gordura fica, por assim dizer, espalhada. O corpo não gasta gordura por região e, portanto percentualmente a gordura continua lá.
Os grandes grupos musculares como peitoral, costas, abdome e coxas são os principais e seja qual for o objetivo, desde o estético até a busca pela qualidade de vida deverão ser sempre trabalhados. O que muda são os métodos de treinamento caso a caso. Sendo assim, os exercícios mais executados e mais simples nas academias, com personal ou mesmo em casa são: Para o peitoral – Supino, crucifixo e voador. Para as costas – As puxadas, as remadas e o crucifixo invertido. Para o abdome: os tradicionais abdominais para a parte superior, inferior e lateral do abdome. Para as pernas – Os agachamentos, a flexão e extensão de joelhos, a adução e abdução do quadril. Para os glúteos – Entre as mulheres o mais popular é o quatro apoios. Os homens, por preconceito, preferem as variações do agachamento ou as máquinas específicas. Claro, os músculos menores como os do braço, antebraço e das pernas também são trabalhados, porém com tempos de descanso e intensidade diferente dos maiores.
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Para refletir:
Pessoas evoluídas conseguem dominar seus sentimentos resolvendo problemas de toda ordem sem conflitos. É difícil, mas não impossível para seres humanos. Moraes2008.
Sobre a Ética – A Educação Física deve ser ministrada num ambiente alegre e saudável. “Chatices e chatos” as pessoas já são obrigadas a conviver em outros setores sociais.
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