A menopausa é uma transição que preocupa
muitas mulheres quando se aproximam dos 50 anos de idade. A menopausa marca o final dos períodos menstruais e
da fertilidade.
Pode ser um período desafiador, fisicamente e mentalmente. As preocupações comuns incluem ondas de calor, dificuldade para dormir e mudanças de humor, porém os sintomas podem variar muito de uma mulher para outra. Muitas mulheres não precisam de tratamento. Para aquelas incomodadas pelos sintomas, escolher o melhor tratamento pode ser confuso. Terapias diferentes possuem benefícios e riscos que precisam ser pesados cuidadosamente.
O conhecimento sobre a menopausa cresceu significativamente nas últimas 2 décadas. Estudos em grande escala de mulheres antes, durante e depois da menopausa têm dado novas informações sobre como
ela acontece. Novas opções de tratamento estão sendo desenvolvidas, e terapias de longo prazo estão sob avaliação mais precisa.
Sintomas na perimenopausa e menopausa
Menopausa é definida como o fim dos ciclos
menstruais. Em média, mulheres têm seu último ciclo menstrual por volta dos 51 anos, porém isso pode ocorrer com 40 ou quase aos 60 anos. Os sintomas geralmente começam a aparecer vários anos antes da menopausa. Esse período de mudanças, chamado perimenopausa, se estende por 1 anos após o encerramento dos ciclos menstruais.
Durante a perimenopausa, os níveis de estrogênio e
progesterona, dois hormônios femininos fabricados nos ovários, sobem e descem irregularmente. Isso ocasiona mudanças nos ciclos menstruais. A flutuação nos níveis hormonais que começa durante a perimenopausa pode afetar muitas partes diferentes do corpo.
Dra. Gail Greendale, da Univesidade da Califórina em Los Angeles, é uma das principais
pesquisadoras de um estudo patrocinado pelo NIH (National Institutes of Health), que está examinando as várias mudanças que as mulheres enfrentam durante essa transição. Esse estudo está acompanhando mais de 3 mil mulheres por mais de 15 anos, desde antes da menopausa até bem depois. Os pesquisadores estão monitorando a saúde óssea, coração, vasos sanguíneos, cérebro, câncer e uma variedade de sintomas.
“Parte da nossa missão é deixar que as mulheres saibam o que está por vir, porque isso as ajuda a entender o que está acontecendo durante a transição”, diz Dra. Greendale.
Os pesquisadores do estudo descobriram, entre outras coisas, que o raciocínio pode ficar temporariamente confuso durante a perimenopausa. “Nosso estudo descobriu que mulheres não aprendiam durante a perimenopausa tão eficientemente quanto antes. Havia um declínio sutil na performance cognitiva durante a transição”, diz Dra. Greendale. Porém, os déficits de aprendizagem desapareciam quando a mulher atingia a menopausa.
Outra parte do estudo examinou o humor e descobriu que os sintomas depressivos
- como desesperança, perda de apetite e mau humor persistente - aumentavam durante a transição e continuavam a pós a menopausa. Durante o mesmo período, ondas de calor e sudorese noturna também tendem a crescer.
“As ondas de calor podem ser severas e muito perturbadoras. Costumávamos pensar que elas duravam de 2 a 3 anos, porém nossos estudos têm mostrado que, em alguma mulheres, podem durar muito mais: até 7 a 10 anos”, diz Dra. Sherry Sherman, que supervisiona os programas de pesquisa sobre menopausa no NIH (National Institute on Aging).
Tratamento para os sintomas
Para algumas mulheres, ondas de calor e outros sintomas podem ser tão perturbadores que interferem nas atividades diárias. Se isso acontecer, fale com seu médico. Há muitas formas para aliviar as ondas de calor. Mudanças no estilo de vida, como exercícios físicos ou redução do estresse, podem ajudar. Algumas mulheres utilizam medicamentos, especialmente
terapia de
reposiação hormonal, para reduzir os sintomas. A terapia pode incluir diferentes combinações de hormônios e está disponível em uma variedade de formas e doses. Porém, alguns estudos têm levantando dúvidas sobre a segurança da terapia
de reposição hormonal.
Na década de 90 os hormônios eram recomendados para a maioria das mulheres para o resto da vida. Hormônios não só aliviavam os sintomas, mas também acreditava-se que poderiam ajudar a prevenir doenças cardíacas e outras condições médicas. Isso mudou em 2002, quando um estudo em grande escala patrocinado pelo NIH, chamado Women’s Health Initiative, concluiu que os riscos gerais da terapia hormonal superavam seus benefícios. A terapia hormonal, um tipo particular de estrogênio mais progestina, ocasionava menos fraturas ósseas e menor risco para câncer de cólon e reto. Porém, ela também eleva o risco para câncer de mama, ataque cardíaco, AVC e coágulos sanguíneos mas pernas e pulmões. Em 2004 o estudo descobriu um menor risco para fraturas ósseas nas mulheres usando somente estrogênio, mas aumento no risco para
AVC.
Análises posteriores sugeriram que alguns risco à saúde dependiam de quando a mulher começava a terapia de reposição hormonal. “Múltiplas linhas de evidência sugerem que se a terapia de reposição hormonal
for iniciada no princípio ou perto do início da menopausa, a tendência era de benefício para a saúde do coração e redução da mortalidade”, diz Dr. Howard N. Hodis, pesquisador cardiovascular e da menopausa na University of Southern
California. Ele está liderando um estudo patrocinado pelo NIH para explorar a ideia de que a saúde vascular poderia ser melhorada em mulheres perto da menopausa.
Atualmente, estrogênio permanece o medicamento mais eficiente aprovado pelo U.S. Food and Drug Administration para tratamento de
sintomas da
menopausa, como ondas de calor e sudorese noturna. Por causa das preocupações com segurança, alguns especialistas recomendam que os médicos prescrevam a mais baixa dose efetiva pelo menor período de tempo necessário.
Pesquisas patrocinadas pelo NIH estão avaliando alternativas para os hormônios. “Estamos examinando estratégias mentais, exercícios físicos, diferentes medicamentos e medicina alternativa”, diz Dra. Sherman.
Se você está se aproximando ou passando pela menopausa, aprenda o que puder sobre essa transição. Consulte seu médico e tome decisões conscientes sobre se algum tratamento é necessário para você. “Cada mulher é diferente, então as terapas devem ser personalizadas para cada uma”, diz Dr. Hodis.
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Créditos:
Tradução: copyright © 201 7
por Helio Augusto Ferreira Fontes
Texto: NIH - National Institutes of Health
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