A entrevista que dei sobre bebês magrinhos serão adultos saudáveis
(Professor diz que bebê magrinho será um adulto sadio)
rendeu frutos e recebi alguns e-mails elogiando e um especialmente dizendo que não concorda com a minha opinião. Acho isso ótimo. Afinal, ninguém é obrigado a concordar com as pesquisas que citei e também deixei claro que uma criança gordinha não é sinônimo de saúde assim como as magras não são doentes.
O fato é que, alguns adágios populares do tempo da vovó valem até hoje e um especialmente gosto muito: “é cedo que se torce o pepino”; completado por Monteiro Lobato: “é trabalhando a criança que se consegue boa safra de adultos”. Claro, todos nós adultos queremos o melhor para nossas crianças e se desejamos viver numa sociedade justa, organizada e saudável temos que educar nossas crianças com
hábitos saudáveis. A questão da
obesidade infantil não se trata de estética e sim de saúde. Os índices estão aí e não faltam alertas médicos.
Uma revisão de estudos feita pela Universidade de Oxford concluiu que crianças obesas têm
um risco de 30% a 40% maior de, no futuro, sofrerem infarto e outras doenças isquêmicas cardíacas, em comparação a crianças com
índice de massa corpórea (IMC) normal. O resultado da pesquisa publicado na revista científica British Medical Journal teve como base 63 estudos anteriores que analisaram 49.220 crianças e adolescentes saudáveis de 5 a 15 anos, moradores de países desenvolvidos. Segundo a pesquisa as crianças com
sobrepeso têm a pressão sistólica, em média, 4,54 mm Hg (milímetros de mercúrio) mais alta que as mais magras além do nível de
colesterol no sangue ser em média, 0,15 mmol/l (milimol por litro) também maior que as magras. O nível de
triglicérides também é mais alto em 0,26 mmol/l.
Não precisamos ser muito inteligentes para saber que a obesidade na infância é a certeza de vida adulta problemática com pelo menos 30% mais chance de
doenças
cardiovasculares, articulares, ósseas, ansiedade,
depressão e na terceira idade... Bom na
terceira idade pode ser que nem chegue porque poucos obesos chegam. Pelo menos eu não conheço muitas pessoas com mais de 80 anos que seja obesa e tenha tido uma vida sem
atividade física, ocupação e preocupação com
alimentação saudável.
Entre os benefícios da atividade física na criança pelo menos três nem precisa provar porque todo mundo sabe:
1) São mais espertas, mais ágeis, não são obesas e não ficam doentes com freqüência.
2) Criança ativa tem muito mais chance de continuar assim na vida adulta e terão mais consciência de passar isso aos filhos.
3) Mais da metade dos adultos fisicamente ativos conheceram o esporte na infância e isso é um fato.
Sabemos que o movimento é inerente ao ser humano e muitas crianças não tem tido é oportunidade. Eis a questão. Incentivar a criança a praticar esporte é dever dos pais e educadores, não significa determinar o que elas devem ou não fazer. Muitos pais escolhem a modalidade esportiva dos seus filhos sem ao menos perguntarem a elas se querem. Simplesmente o pai ou a mãe “acha” que aquela atividade é a boa para o seu filho ou faz por puro interesse particular para cuidar, naquele horário, de outros afazeres.
A competição é inerente ao ser humano e desde pequenos se lançam ao desafio naturalmente não se importando com resultado. Basta olharmos as crianças brincando na praça. Apostam corrida, criando as suas próprias regras de jogo. Tudo funciona bem e elas mesmas resolvem os problemas enquanto os pais não se metem tomando partido. Partindo dessa premissa os pais, educadores, associações, colégios, prefeituras entre outros devem criar programas de incentivo à atividade física infantil baseada em algumas diretrizes:
1) Reduzir de alguma forma o número de horas gastas com o computador e TV.
2) Estimular os estudantes à participação em jogos estudantis. Esses jogos quando bem conduzidos é uma excelente oportunidade de socialização. Moral, ética, respeito ao próximo, camaradagem e união são alguns desses valores desenvolvidos em competições além da possibilidade de descoberta de alguns raros talentos embora não seja o principal.
3) Valorizar e incentivar os profissionais de Educação Física da escola a realizar programas de atividade física voltados para a saúde.
E para completar um estudo realizado pela Universidade da Carolina do Norte, EUA, com bebês de até 18 meses, concluiu que a obesidade pode atrapalhar o desenvolvimento motor da criança. Ela pode demorar mais do que a magrinha para engatinhar e andar. Pense nisso!
Cartas para:
lcmoraes@compuland.com.br - Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ
003529
Para Refletir: A vontade de comer besteira passa logo. O que não passa é a vergonha da situação embaraçosa que por vezes os quilinhos a mais podem gerar perante a sociedade. Só não passa essa vergonha quem está bem resolvido com esses quilinhos extras. Moraes 2013.
Sobre a Ética: Muita gente aplaude a ética para os outros. Ética começa dentro de casa com bons exemplos. Moraes 2013.
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