Obesidade - Começando pela cabeça

Emagrecer ou engordar, além dos fatores já vistos, podem existir os psíquicos. A gente sabe que nosso corpo produz várias substâncias com funções específicas e entre elas, ligados à obesidade, estuda-se a dopamina, o neurotransmissor das sensações de recompensa e do prazer, tais como comer, sexo, amor, reprodução e etc. Em tese, as pessoas com receptores normais de dopamina não engordam com facilidade tendo os seus centros de controle do prazer mantidos em equilíbrio. Ao contrário, as com pouca recepção de dopamina descarregam, por assim dizer, na comida a sua sensação de prazer imediata. Substâncias como o álcool, cocaína e nicotina, estimulam a dopamina, razões suficientes para levar também ao vício. 

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Entretanto, esse campo de pesquisa ainda não é conclusivo e não se sabe se é a falta de receptores a causa da obesidade ou a obesidade é a responsável pela diminuição de receptores. Quem surgiu primeiro? O ovo ou a galinha? Teoricamente o excesso de comida levaria o cérebro a produzir muita dopamina levando a sua falência tal como acontece com o diabetes tipo 1 por falência do pâncreas em não produzir insulina. 

A mais das vezes, os moderadores de apetite atuam sobre os neurotransmissores dopamina e ou a serotonina como por exemplo, os anorexígenos ou, em menor escala, os estimulantes da saciedade. 

Um outro fator a ser levado em conta é o emocional. Pesquisas bem conduzidas pela Unicamp revelam que 75,5% dos pacientes com obesidade mórbida (mais de 40 no IMC), comem compulsivamente em conseqüência de ansiedade e depressão com altas taxas de transtornos de humor como se tivessem na TPM indefinidamente. De madrugada, atacam a geladeira. Por isso, é preciso dar um tratamento diferenciado a quem come compulsivamente e a quem não come. Ou seja, primeiro trata-se a cabeça, depois o corpo. 

Na Infância - Quando se fala em atacar os problemas de frente, seria cortar o mal pela raiz. No caso da obesidade boa parte começa na infância com o desejo dos pais verem e seu bebê gordinho... É uma gracinha, né? Cheio de dobrinhas... Dá uma vontade danada de apertar.... 

Se a criança mesmo assim tiver dentro das faixas de peso considerada normal pelos padrões da OMS (Organização Mundial de Saúde), ao começar a engatinhar e andar, deverá, pela ordem natural das coisas, emagrecer. 

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A Renda - Os primeiros índices mostravam as famílias com melhor renda familiar apresentando maior incidência de obesidade infantil, em função do acesso ao conforto impedindo a criança gastar mais calorias . Hoje em dia, a violência urbana tem aprisionado o cidadão comum não deixando as crianças brincarem nas praças públicas, andarem de bicicleta limitando-as cada vez mais aos seus quartos como prisioneiros. Pesquisas bem conduzidas dão conta que 26% das crianças americanas entre 8 e 16 anos passam 4 horas ou mais assistindo TV ou jogando videogame. Dados não muito diferente dos brasileiros. 

A Hiperplasia - Como já mencionamos em outras ocasiões, cortar o mal pela raiz significa também evitar a hiperplasia das células gordurosas, fenômeno específico em três fases bem distintas na vida: no último trimestre da gestação, no primeiro ano de vida e na adolescência. A quantidade de células gordurosas que o bebê vai ter, determinado no código genético podem ser duplicados se cuidados simples não forem tomados, tais como a mãe só engordar o suficiente durante a gestação, não antecipar a alimentação sólida no primeiro ano e na adolescência controlar a gula e a ansiedade. Os "Fast Food's" da vida são os maiores aliados para a hiperplasia gordurosa. Uma vez duplicados nunca mais volta ao normal. No máximo os regimes vão apenas desinchá-las.

A Distribuição - A olhos vistos, a obesidade não igual em todo mundo no referindo-se à distribuição pelo corpo. Uns são mais gordinhos em cima feito um famoso apresentador da TV e outros em baixo tomando formas de maçã ou de uma pêra. Respectivamente obesidade Andróide ou visceral, concentrada no abdome entre as vísceras e a Ginóide, concentrada da cintura para baixo. A primeira é característica masculina e a segunda feminina e não significa ser uma regra. 

Por um consenso médico, a concentração de gordura na região do abdome pode representar um risco ao desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes e colesterol elevado. Para isso, basta com uma fita métrica medir a circunferência da cintura passando pelo umbigo e depois medir a circunferência do quadril passando pelo meio das nádegas. Divida o valor da cintura pelo do quadril. Se o resultado for maior que 0,89 para homens com idade de 20 anos e 0,99 para idade de 60 anos ou mais, o risco é alto. Para as mulheres esses valores são: acima de 0,78 para 20 anos e acima de 0,84 para 60 anos ou mais.

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