Resposta do
Professor Carlos Gomes Ventura
Quando falamos de resultados em Atletismo, presumimos que o Técnico, o Treinador, o Preparador Físico tenham acesso a Médicos Esportivos que delineiam um norte para que os níveis de esforço sejam respeitados, saindo do empirismo.
Estamos em um país continental, com uma mescla e diversidades educacionais, muitas dos nossos
professores de educação física deixa a desejar quando falamos de batimentos cardíacos, pesquisas feitas por revista da área mostra o despreparo dos nossos profissionais que não se preocupam em analisar os níveis de batimentos cardíacos de seus orientados.
O ideal seria sempre o encaminhamento prévio, em qualquer atividade física, para uma avaliação em Laboratório, em
esteira ergométrica - bicicleta - pista.
Atualmente os melhores laboratórios de avaliação física usam o teste Ergoespirométrico, que fazem protocolo de carga inicial (km/h), velocidade máxima, incremento de carga, porcentual de inclinação.
A partir daí o laboratório fornece o consumo máximo de oxigênio, a freqüência cardíaca máxima através dos batimentos por minuto, chegando se então também ao limiar anaeróbio.
Desta forma a ciência com o embasamento tecnológico nos acrescenta as medidas antropométricas o
VO2 de recuperação, pico de lactato, gastos calóricos.
Antes do inicio do teste algumas medições são feitas como índice de massa corporal, gordura corporal, muscularidade e a informação do treinamento que é feito pelo atleta.
No nosso dia a dia, não temos condições via de regra de podermos contar com esta tecnologia, faz se necessário então baseado na experiência de cada um procurar se aproximar dos indicadores seguros de avaliação.
Levando se em conta observações de analise de batimentos detectado através do tato, da forma que o atleta exprime-se verbalmente após o exercício intenso, suas condições de comportamento e fundamentalmente o tempo de recuperação, do mais alto número de batimentos atingidos até a condição inicial (pré-exercida no teste).
Um Atleta que em média após o exercício volte ao estado de batimentos iniciais deve estar em condições aproximadas de bom condicionamento.
Exemplo: Batimento atingido antes de um tiro de 1.000metros = 120 batimentos
Batimento atingido após o tiro = 180 batimentos
3 minutos após o final do tiro = 120 batimentos,
Logicamente não teremos aí seus batimentos máximos, entretanto com a seqüência de analise dos batimentos podemos fazer um tratamento estatístico das
informações - dados e estabelecer algumas correlações - picos, aproximando se do batimento máximo.
Um professor que trabalha longe de locais que possam fornecer condições tecnológicas pode ter o seguinte material:
· Um cronômetro
· Registro de todos os dados (treinamentos / dados do atleta - peso, altura, etc/ batimentos)
· Medição de pressão arterial, pode ser feita em uma farmácia ou pelo próprio professor através do Esfignomanometro.
· Bom senso para analisar os dados e suas evolução ou involução.
Um bom aconselhamento seria que quem trabalha com crianças e idosos evitem exercícios anaeróbios e procurem provocar nos jovens uma hipertrofia cardíaca.
Estamos falando de analise fisiológica, pela exclusiva falta de um Médico Esportivo que possa nos assessorar, da mesma forma que um Médico Esportivo possa orientar atletas na ausência de Profissional de Educação Física que o assessore.
Carlos Gomes Ventura
Telefone: (11)3686-5384 - blog: carlosventura8085.blogspot.com - e-mail: cgventura@uol.com.br
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Resposta do treinador
Nilson Duarte Monteiro
Para começar, o atleta em começo de carreira que esteja
lambendo embira, sem grana para pagar um teste de esforço,
deve aprender a conhecer os seus limites. Vamos supor que o cara tenha um mal congênito e não saiba disso e sai correndo
feito louco, qual o resultado??? Um infarto, uma angina e por
aí vai, isso se não acontecer o pior, ser reprovado e passar a se alimentar de raiz de capim, morrer.
Quando eu começava com um atleta novo empregava àquela famosa
equação: 220-idade, ou 208-(idade x 0,7). Daí calculava a
porcentagem de quanto seria o ritmo empregado no treino e diminuía 10 pontos, vou explicar.
- vamos dizer que o resultado, empregando as fórmulas acima, fosse 180 de Fmáx, então para começar a treinar,
totalmente aeróbico, eu empregava a fórmula de Karvonen, que
não é de autoria dele, mas acostumamos a chamá-la assim.
- 50% da Fmáx, ou seja, 180 bpm x 50 / 100 + 60 bpm (Fbasal) - 10 = 140 bpm, o menos 10 é por minha conta, não
faz parte da fórmula do "Karvonen".
Se depois de um mês ou dois eu visse que o cara estava
correndo tranquilão e não mostrava nenhum tipo de fadiga, eu
ia aumentando a porcentagem da Fmáx.
Bom é isso que eu tenho para falar, mas o meu melhor conselho
é que mesmo que o cara seja um Durango Kid, faça o possível e
o impossível para levantar algum $$$$ e consultar um cardiologista antes de se aventurar pelas estradas da vida.
Outro detalhe é correr identificado, você não vai querer ser
enterrado como indigente, caso aconteça alguma coisa.
Resposta do
Professor Luis Tavares
Geralmente utilizo 220 - idade mais 15 batimentos. Pela minha
experiência de usos de monitores cardíaco percebi que sempre ultrapassamos em torno de 15 batimentos em
relação a formula 220 - idade mais tradicionalmente usada para obtenção da freqüência
máxima.
Por exemplo se o atleta tem 36 anos ele teria 199 como freqüência máxima ( 220- 36) + 15 = 199.
Vale salientar que é apenas um parâmetro de inúmeros que existem para obtenção
da freqüência cardíaca.
Existe um teste chamado de Conconi, que consiste em correr em local demarcado onde se corre 400 metros em velocidade tal e a cada 400 metros se aumenta a sua velocidade, traçando desse modo
não só a freqüência máxima como seu limiar anaeróbio.
Professor Luis Tavares
Telefone: (11)3159-8456 - e-mail: e.c.tavares@uol.com.br
- site: https://www.ectavares.com.br
Resposta do
Professor Joaquim Ferrari
A utilização da F.C Max para controle da intensidade do esforço, na maioria
dos casos, sempre se baseou na formula 220-idade. Entretanto estimar a F.C Max através
dessa método pode levar a resultados muito distantes da real F.C Max. Como fontes de erro posso citar o grande desvio
padrão da fórmula e o fato de ninguém saber quem 'inventou' a mesma. Um método
melhor pra medir e muito mais simples, é a realização de uma atividade máxima
com duração entre 4 e aproximadamente 8 min. Essa duração de atividade normalmente
é realizada em VO2
Max o que conseqüentemente implicaria em se atingir a F.C Max. Como sugestão sugiro a
realização de um tiro Max de 2 km pra tempo. A F.C encontrada ao final
vai estar muito próxima da máxima.
Joaquim Ferrari
Tels. 55-21-2241-2581 e 55-21-2261-4512
e-mail: joaquimferrari@joaquimferrari.com.br
e joaquimferrari@ig.com.br
site: www.joaquimferrari.com.br
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