Resposta do
Professor Luis Tavares
Existem dois tipos de erros:
aqueles erros que têm que ser corrigidos para
não prejudicar sua performance ou lesão e os erros posturais que não vão afetar diretamente a sua performance e acaba sendo seu estilo de correr, como exemplo a postura da
Márcia Narlok, onde ela sempre inclina sua cabeça lateralmente ao correr. Essa é a postura e o jeito dela e se sente bem assim, tenho certeza que se tentasse melhorar a postura ia prejudicar seu rendimento.
Os erros mais comuns e que devem ser corrigidos são: braços ligeiramente parados (durante a corrida) o braço tem um fator
importantíssimo do seu rendimento e impulsão; batidas da ponta do pé no chão
ao invés do calcanhar (fundistas), muitos atletas tem o hábito de correr tocando primeiramente a ponta dos pés, que poderá levar no futuro uma
lesão tibial; Batidas do pé muito pesado e chapado, quem já
não viu algum atleta passar por você com aquele barulho de batidas no chão das suas passadas?
O atleta tem que ter uma passada suave e harmoniosa, procurando amortecer a cada toque no chão.
Corrigindo esses erros com certeza sua corrida será bem mais econômica e evitando
possíveis lesões.
Professor Luis Tavares
Telefone: (11)3159-8456 - e-mail: e.c.tavares@uol.com.br
site: https://www.ectavares.com.br
Resposta do
Professor Carlos Gomes Ventura
Fazer um comentário sobre os principais defeitos dos
corredores fundistas é muito fácil e muita gente faz, entretanto, é necessário respeitar as características de cada atleta.
Já citei em artigo anterior sobre o saudoso amigo Emil
Zatopek, que foi considerado a Locomotiva Humana.
Meu Atleta José João da Silva, durante 17 anos, recordista
dos 5.000 e dos 10.000m. em pista em nosso pais, tinha um estilo peculiar de correr com aparentes defeitos.
Outros atletas de renome possuem características que podem
ser consideradas defeitos.Entretanto não podem ser considerados como defeitos, as características individuais
consideradas defeitos ou não devem ser analisadas pelos técnicos e não por
laboratórios da ciência do esporte, somente.
O atleta deve sentir-se bem nos seus gestos de corrida, pois
para ele a sua forma de atuar é confortável, não adianta
colocarmos, por exemplo um tênis de
corrida de ultima geração em um
atleta se ele não se sentir bem com este material, isto funciona também para orientação técnica, logicamente devemos
procurar a melhor condição da mecânica de corrida, sem sair
das características peculiares de cada um.
O padrão ideal de um corredor de fundo é a total descontração
e movimentos harmônicos, não devemos insistir em corrigir
estilos arraigados, mas devemos orientar nossos pupilos sobre o pisar planta-ponta, bochechas não crispadas, mãos semi
abertas e soltas, cotovelos trabalhando em ritmo, ombros soltos, visão objetivando o horizonte.
Carlos Gomes Ventura
Telefone: (11)3686-5384 - blog: carlosventura8085.blogspot.com - e-mail: cgventura@uol.com.br
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Manual do Corredor - A Grande Pirâmide
Carlos
Ventura é um dos treinadores brasileiros de maior sucesso. Em seu novo livro, Carlão responde às indagações mais comuns entre nós
corredores. A sabedoria de décadas de experiência do Carlão são passadas de forma simples e clara para corredores de todos os níveis de performance.
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Resposta do treinador
Nilson Duarte Monteiro
1 - Correr sentado, tocando o calcanhar primeiro no chão, é o
mais comum entre os atletas que não tiveram um acompanhamento
no início de carreira. Quem toca primeiro com o calcanhar é
marchador, corredor que se preze e desejar evitar um maior
impacto na coluna vertebral, toca primeiro o chão com a ponta
do pé e depois desliza para o calcanhar. Quando corremos dessa maneira, automaticamente executamos um movimento
econômico, ou seja, elevamos ligeiramente o joelho, a amplitude da passada é maior e evita-se um impacto maior na
coluna, a tendência é jogar o tronco para frente, além de
proporcionar um estilo mais elegante de corrida.
Agora, os atletas que correm tocando primeiro com os calcanhares no chão, assumem um estilo de corrida que se
assemelha a uma pata choca, além de ter uma freqüência de
passada muito curta.
2 - Equilíbrio na movimentação dos braços. Uns movimentam os
braços parecendo que estão querendo se alto esmurrar, pois os
punhos quase tocam no queixo. Outros correm com os braços
abaixados, parecendo que estão marchando num Parada Militar.
O correto é os braços estarem num ângulo de 90°, de maneira
que quando os movimentamos para trás a mão deverá ficar na
mesma direção do tronco e o cotovelo ligeiramente elevado
atrás das costas e quando o elevamos para frente o cotovelo
deverá ficar perpendicular ao tronco.
3 - Pisada do pé. Muitos atletas correm com os pés virado
para dentro, outros pisam no famoso dez para as duas, ou seja, pisam com os pés para fora. Não liguem para a minha
forma de escrever, não gosto de usar termos técnicos. Tanto
uma forma como a outra, costuma acarretar lesões, a mais comum é a famosa
tendinite na tíbia, ou mais conhecida como
canelite. O mais correto é corre com os pés voltados para
frente.
Vou contar uma história que aconteceu com o meu filho. Ele só
vivia reclamando de canelite. Treinava e uma semana depois de
iniciar os treinos lá vinha ele chiando de dor na canela, aí tinha que para leva-lo no ortopedista que receitava anti-inflamatórios. Depois de cessada a dor voltava aos treinos e
lá vinha a dor novamente. Fiquei de saco cheio daquilo, até
que um dia me deu na telha de ficar observando o modo com que
ele tocava o solo com os pés durante a corrida. Não deu outra, ele pisava dez pras dez. Pedi para que ele tentasse
tocar o chão com os pés voltados para frente. No começo ele
sofreu um pouco, até se acostumar com o novo estilo. Por incrível que pareça o dor sumiu, nunca mais ele reclamou de
tendinite na canela.
Depois dessa experiência, passei a exigir de todos os atletas
que vinham treinar comigo que praticassem essa forma de pisada ao andar, além de tentarem tocar com a ponta do pé
primeiro. Tudo bem que no começo é meio esquisito, o cara
andando desse jeito fica parecendo um bicha andando, ou melhor, ele não parece que está andando, parece que está desfilando, mas esse aprendizado, dura no máximo um mês e
depois disso o cara já está tão acostumado que vai passar a
andar e correr corretamente.
Há também exercícios de coordenação para corrigir esses
erros. Por isso que é desaconselhável praticar qualquer esporte sem a orientação de um profissional qualificado, pois
ele estará atento a todos esses detalhes, eu pelo menos sou
assim. Os atletas que treinavam comigo, algumas vezes ficavam
aborrecidos porque eu pegava muito no pé para esses detalhes.
Outro ponto que eu combato é o treinamento a distância, por e-mail, telefone, carta... O técnico tem que estar presente
para corrigir esses erros, a não ser que o atleta já tenho
tido um tempo junto ao técnico.
Para finalizar meu depoimento, peço a vocês que procurem um
filme de alguma competição em que aparece o etíope Haile
Gebrselassie. Esse atleta é o corredor de fundo com o estilo
de correr mais perfeito que eu já vi. Ele é um excelente
exemplo.
Nilson
Duarte Monteiro - e-mail: nilsondm@uol.com.br
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corrida
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