Resposta do
Professor Luis Tavares
Em dias quentes, devemos adotar alguns cuidados, se hidratar muito bem, não deixar de repor com
sais minerais, evitar de treinar em horário mais quente, sempre usar roupas mais claras e confortáveis. Com respeito aos treinamentos, não mudaria o treino programado em função do calor e sim tomar esses cuidados.
Como geralmente o verão coincide com o
treinamento de base
onde se trabalha o lado quantitativo (resistência e força) sem se preocupar com a intensidade e sim volume de treino, não tem problemas. Mas lembre-se de hidratar-se antes , durante e principalmente depois do
treino.
Professor Luis Tavares
Telefone: (11)3159-8456 - e-mail: e.c.tavares@uol.com.br
site: https://www.ectavares.com.br
Resposta do treinador
Nilson Duarte Monteiro
Na minha época de atleta não existia o
monitor cardíaco, aí eu corria conforme o meu organismo pedia, ou
seja, se estivesse me sentindo bem, pau no burro, mas, não abusava, pois o desgaste é enorme e poderia comprometer o
treino do dia seguinte.
Hoje em dia existe os Polares da vida, aí a coisa ficou muito mais fácil para o técnico programar a periodicidade em
regiões de clima quente.
O maior pecado que eu vejo nos técnicos brasileiros é querer copiar o treinamento dos africanos, mais precisamente
quenianos e etíopes, europeus e americanos. Vejam bem, a periodicidade desses atletas se baseia no calendário europeu,
pois as melhores competições acontecem no verão de lá. Então, o treinamento de base deles se dá no nosso verão e no inverno
deles. Não preciso dizer mais nada, nossa base se dá no nosso verão, aí o desgaste é enorme. Em vez do atleta adquirir
lastro, ou melhor, ele adquiri mais a um alto preço, enquanto que o europeu, americano e os africanos citados, tem um ganho
na performance pois treinaram em clima frio onde puderam fazer altas quilometragem sem um desgaste enorme, enquanto
que os nossos atletas fazem as mesmas quilometragens altas num baita calor.
Eu vejo o seguinte, se os corredores de fundo brasileiros quiserem fazer frente aos corredores de nível mundial, terão
que fazer seus trabalhos de base na Europa, EUA... onde o clima é frio na época da base, podendo assim cumprir altas
quilometragens sem muito desgaste e adquirir a stamina exigida.
Temos que ter em mente o seguinte, moramos num país tropical de clima quente e úmido. Se o atleta europeu e africano
treinassem em climas iguais ao nosso, certamente estaríamos em pé de igualdade com eles.
Podemos até ficar em pé de
igualdade se os técnicos brasileiros mudassem o modo de pensar, ou seja, se os atletas de lá rodam
na base de 200 km/semana e nós aqui somos obrigados a fazer a base no mesmo período por causa do calendário, teríamos que rodar
semanalmente nesse período os mesmo 200km/semana mais com menor intensidade, mas não é isso que se vê.
Para finalizar essa minha encheção de lingüiça, o bom é treinar sob o comando da
freqüência cardíaca, se hidratar mais do que o normal e descansar bem.
Nilson
Duarte Monteiro - e-mail: nilsondm@uol.com.br
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