Resposta do treinador
Nilson Duarte Monteiro
Com certeza!
O que muitos corredores amadores não se dão conta, é que tem outra atividade para dividir com o esporte. Eles querem fazer o mesmo que um atleta profissional faz, mas se esquecem que os atletas profissionais vivem somente para o esporte, enquanto eles trabalham para se manterem financeiramente.
A atividade física requer descanso, alimentação balanceada, ou seja, uma série de rituais para manter o bom rendimento físico. O sujeito que trabalha, além de ser atleta, tem que ter esses rituais dobrados, pois o desgaste é bem maior, isso se ele quiser fazer as mesmas coisas que o atleta profissional. Então para equilibrar essa balança, o esforço físico no treinamento para àqueles que trabalham tem que ser menor, tanto na intensidade quanto na quantidade. O atleta trabalhador tem que prezar a qualidade no treinamento.
Para equilibrar essa balança, ele deve atentar para a alimentação e descanso, esses itens são extremamente essenciais.
Para um técnico já é uma dificuldade acompanhar um atleta profissional/alto rendimento, que vive só para o esporte, que tem uma rotina conhecida. Agora, imaginem um atleta trabalhador, que tem sua rotina diária de trabalho totalmente variada, uma alimentação nada convencional, comendo em restaurantes que não sabemos como a comida é feita, isso se o atleta trabalhador tiver um poder aquisitivo que lhe permita comer em restaurantes, pois muitas vezes o cara se vira com sanduba mesmo.
Outro ponto é o descanso. A maioria dos atletas trabalhadores não descansa adequadamente, então vejamos; O cara tem que acordar cedão para pegar o busão e ir trabalhar, rala o dia inteiro, depois quando chega do trabalho sai para treinar, aí quer fazer o mesmo treino de um atleta profissional, ao voltar a casa não consegue comer logo em seguida ao treino, pois o organismo ainda está levando sangue para os membros que sofreram os esforços do treino e não deixa o sujeito engolir nada, e se conseguir engolir o rango a digestão não vai ser bem processada.
Pois bem, depois dessa maratona diária, o atleta trabalhador vai dormir tarde e pouco, pois no dia seguinte começa tudo de novo, acordar cedo, pegar o busão...
Por isso que muitos atletas trabalhadores não conseguem chegar ao sonho de se tornar um atleta profissional, pois o esforço diário dele é muito maior que o atleta que vive só para o esporte. Para que esse sonho possa se tornar realidade - àqueles que tem talento para o negócio - ou deixam de trabalhar e vivam para o esporte, ou dosem as atividades, equilibrem o trabalho remunerado com o treinamento, alimentação e descanso. Se não for assim, o melhor a fazer é correr só para manter o corpinho em cima, sem muito desgaste, ou como eu costumo dizer; “correr para tomar banho”.
É isso!
Bons treinos.
Resposta do
Professor Luis Tavares
Teoricamente sim, mas temos que avaliar caso por caso, ou seja, se a pessoa teve um dia muito puxado em seu trabalho, o seu treino devera ser mais leve para recupera lo para o dia seguinte. ( isso se o seu treino for após o serviço). Se ele treinar logo cedo antes de entrar no serviço, poderá desenvolver seu treinamento normalmente. Se um determinado dia ele amanhecer cansado e indisposto para treinar, aconselho descansar nesse dia.
Por isso é muito importante se ter um treinador ou prof de ed física, pelo qual estará passando a melhor orientação , carga de treinamento e adequando de uma forma correta seu treinamento de acordo com a situação de trabalho.
Vale salientar também que é muito importante o atleta sentir seu corpo e saber se naquele dia é propicio em forçar mais ou mesmo descansar de acordo com a sua situação física e mental.
Professor Luis Tavares
Telefone: (11)3159-8456 - e-mail: e.c.tavares@uol.com.br
site: https://www.ectavares.com.br
Resposta do
Professor Carlos Gomes Ventura
Toda a atividade física deve ser feita com parâmetros de equilíbrio, controle da ansiedade, boa e adequada alimentação e sobretudo repouso.
O corredor, atleta ou não, todos aqueles que invariavelmente procuram atingir sua melhor performance, seu melhor rendimento, devem ser orientados sobre seus estilos de vida, seu dia a dia. A falta deste essencial cuidado pode levar ao stress ao over training, ao sedentarismo, tudo isto involuntariamente em porcentuais mínimos, mas que cumulativamente ao passar dos anos darão um norte negativo devido ao investimento efetuado.
Trabalhar horas em pé, trabalhado pesado ou não é prejudicial a qualquer desempenho físico ou emocional. Trabalhar sentado durante horas, mesmo não fazendo esforço físico, também é.
A pedra angular da atividade física é sem dúvida nenhuma o repouso adequado paralelo à atividade física e principalmente mental.
No aspecto rendimento os frutos são colhidos na seqüência de uma atividade, as duas situações citadas anteriormente são extremamente negativas para o ser humano, entretanto as duas situações podem oferecer uma vantagem se fizermos comparações entre ambas.
Aquela pessoa que fica horas em pé, efetuando trabalhos pesados tendo um repouso adequado pode render na sua atividade física.
Aquela pessoa que fica horas sentadas pode também render, pois sua situação de repouso é diversa e talvez a sua preparação no treino possa ser elevada em um patamar mais intenso e equiparar se a primeira.
Temos duas condições:
Uma física outra emocional, no treinamento deve procurar equiparar essas duas condições analisando o "status quo" de cada um e provendo o treinamento de acordo com as necessidades individuais.
Conheço atletas e não atletas que vivem as duas situações, situações essas antagônicas, entretanto fizeram resultados de acordo com suas possibilidades.
Logicamente as diferenças são abissais, o professor, o personal, o treinador, o técnico podem conduzir esta situação a um nível satisfatório adequando as atividades.
Como profissional de educação física, não fugindo ao papel de educador procuro alertar os gestores de pessoas que preocupem-se em adequar as condições de trabalhos dos seus colaboradores, funcionários, professores, clientes internos de suas equipes para possibilitar condições satisfatórias de forma que a condição física, a saúde e fundamentalmente a qualidade de vida não sejam prejudicadas, usando dentro de suas possibilidades a aplicação de conceitos ergonômicos e também no geral de ginástica laboral.
Carlos Gomes Ventura
Telefone: (11)3686-5384 - blog: carlosventura8085.blogspot.com - e-mail: cgventura@uol.com.br
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Ventura é um dos treinadores brasileiros de maior sucesso. Em seu novo livro, Carlão responde às indagações mais comuns entre nós
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