Resposta do
Professor Luis Tavares
Olá!
O corredor tem que tomar muito cuidado ao elevar seu volume de treinamento de uma forma desorganizada e acelerada.
Pois o ideal é um treino crescente e nunca com um volume de mais de 5% em relação a semana anterior.
Eu particularmente gosto muito de desenvolver um treino mesclado com alternância de volumes, ou seja em uma semana trabalhei com 120 km na semana na outra estarei trabalhando com 100 km na semana, fazendo com que seu organismo se recupere mais facilmente.
A conseqüência de um trabalho inadequado de um volume de treinamento onde você acaba elevando de uma forma acelerada seus treinos são: Over training, irritabilidade; insônia; lesões etc. Para evitar que chegue a esse ponto deve se: Nunca aumentar seu volume bruscamente; intercale seus dias com treinos fortes com dias de treinos leves de baixa quilometragem; Procure se alimentar bem e ter um bom descanso.
Professor Luis Tavares
Telefone: (11)3159-8456 - e-mail: e.c.tavares@uol.com.br
site: https://www.ectavares.com.br
Resposta do treinador
Nilson Duarte Monteiro
Primeiramente, é ir aumentando gradualmente o volume em conjunto com o fortalecimento da musculatura, nada em excesso faz bem a saúde.
Uma coisa que me deixa intrigado, ou melhor, não me conformo, é ver corredores amadores e sem talento para a corrida, ficar se matando em maratonas, provas de rua, se não vão ganhar nada. Esses corredores não estão tendo qualidade de vida, pelo contrário, estão desgastando o organismo sem necessidade. Quem tem que levar o organismo ao limite são os atletas profissionais, àqueles que vivem do esporte e não esses milhares que eu vejo se esbaforindo nas corridas.
Eu fui atleta de alta performance, ou melhor, eu treinava achando que era um atleta de elite, mas o que eu ganhei em tantos anos de treinamento fortes, foi uma hérnia de disco lombar, algumas lesões de tendões e articulações. Dinheiro, jamais ganhei, troféus, só um, medalhas, as dezenas (tudo enferrujando igual a mim).
Mas, se o corredor amador que levar o seu corpo ao limite, fingindo ser um atleta de verdade, o que tem a fazer é ir se adaptando ao esforço, ou seja, vá aumentando gradativamente o volume e a intensidade do treino. De nada adianta aumentar o volume, pois vai adquirir uma extraordinária capacidade aeróbica, mas se não treinar a intensidade, a capacidade anaeróbica vai ser uma "M" e o seu tempo de prova ficará estacionado. Assim, tem-se que aliar as duas coisas, intensidade e volume, mas de forma progressiva.
Alguém começa estudar já direto na faculdade? Não. Primeiro vem o ensino básico, depois o médio, aí sim vem o nível superior. O mesmo é na corrida, ou tudo na vida, ninguém começa de cima, tudo tem que ter uma base, base sólida de preferência, pois sem base nada fica em pé, ou perdura por muito tempo.
Pois bem, se queres alcançar a tão almejada performance ou o seu limite, faça-o gradualmente, nada de colocar a carroça na frente do burro, pois o resultado fatalmente será desastroso e frustrante.
A virtude de um corredor de fundo é a paciência.
Bons treinos e juízo.
Bons treinos.
Resposta do
Professor Carlos Gomes Ventura
Em toda programação, o técnico e
também algumas vezes o atleta devem fazer a especificamente a analise de volume de treinamento e igualmente, o patamar de qualidade, mesmo para um maratonista ou qualquer corredor de fundo, o volume ou carga de trabalho deve ser planejado no sentido de não haja uma intensidade que leve o corredor ao limiar do overtraining ou mesmo rodagens, quilometragens excessivas, a rodagem excessiva não induz o atleta a uma condição de bom treinamento.
É importante que haja qualidade na programação, as vezes um treino de 20 quilômetros em terreno plano pode ser substituído por 10 ou 12 quilômetros em terreno variado, talvez o volume seja igual sem, entretanto fazermos tantos quilômetros.
É muito importante para o atleta correr com qualidade ao invés de correr com quantidade.
As condições anaeróbias as vezes ficam prejudicadas pelo volume de trabalho aeróbio, o mesmo se dá quando invertemos a situação de um excesso anaeróbio em detrimento ao volume aeróbio. É fundamental para o treinador estabelecer uma linha de equilíbrio entre , o trabalho de velocidade, o trabalho de velocidade e resistência e o trabalho de resistência.
Na verdade o treinador e o atleta devem fazer como se faz em uma receita de bolo dosar, orientar e aplicar os volumes em cada uma das qualidades da educação física de forma que não se perca os parâmetros do equilíbrio e o atingimento dos objetivos dentro da programação.
Treinar com volume não quer dizer qualidade, o importante é o corredor somar a qualidade do treinamento aos objetivos ( goal ) objetivados.
Na filosofia do treinador, do técnico, do preparador e do próprio atleta e o essencial e manter o equilíbrio físico e principalmente emocional.
Correr longas distancias não significa qualidade, qualidade é o trabalho dentro dos níveis de equilíbrio, de planejamento e sobretudo da integração entre o técnico, o personal e o atleta, o aluno.
Determinar longas distâncias é bastante fácil para quem a determina, contudo existe a necessidade de parâmetros para sabermos quais os limites fisiológicos de cada pessoa.
Correr todos correm, entretanto correr com qualidade depende de outras variáveis.
Carlos Gomes Ventura
Telefone: (11)3686-5384 - blog: carlosventura8085.blogspot.com - e-mail: cgventura@uol.com.br
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Ventura é um dos treinadores brasileiros de maior sucesso. Em seu novo livro, Carlão responde às indagações mais comuns entre nós
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