Resposta do
Professor Carlos Gomes Ventura
A grande preocupação de todas as pessoas que fazem da corrida o exercício ideal para manter a forma, melhorar sua qualidade de vida é indubitavelmente sem sombra de dúvida, a eliminação do peso eliminando gorduras ou não as adquirindo.
Normalmente atletas de médias a altas performances não possuem este tipo de preocupação, sabem eles que devido a seqüência de treinamentos o sobre peso, não é problema, não existe.
O porcentual de gordura entre corredores homens e mulheres é diferente como também varia de modalidade esportiva para modalidade esportiva, praticada por ambos os sexos.
Vários fatores contribuem para a variação do porcentual de gordura em cada pessoa, como por exemplo o metabolismo de cada um, os níveis de gordura são depositados em quantidades variáveis nos órgão e nos tecidos.
Fatores genéticos também contribuem para alterações nos porcentuais de gordura.
A cada período de aproximadamente 10 anos o ser humano tem o peso aumentado em 2 a
3 % nos homens e cerca de 10 a 15 % nas mulheres. Para quem é corredor de longas distancias especialmente, o nível de gordura ideal é de 3 a 6% nos homens e 6 a 10 % nas mulheres.
As medidas que determinam a gordura corporal são feitas analisando-se as dobras cutâneas, normalmente usa-se um compasso, um aparelho que chamamos de
Skin-fold, este tipo de medida deve ser feita por especialista da área da atividade física
Quando houver interesse em saber de seus porcentuais de gordura, consulte u médico esportivo, pois ele sem dúvida lhe dará as medidas exatas do seu estado físico no que tange a gorduras.
O termo gordura para quem pratica esporte é parecido como um palavrão, entretanto no afã de se conseguir clientela, principalmente academias e alguns personais disseminam a idéia da total eliminação delas, quando na verdade isto é uma propaganda enganosa, pois o organismo necessita de uma taxa de gordura como combustível.
Alguns treinadores de atletas de alta performance, entre os quais me incluo sugerem que antes de uma maratona por exemplo, seus atletas aumentem de peso cerca de 1 a 2 kg para que isto funcione como uma reserva técnica de energia.
A gordura é necessária, distúrbios alimentares como anorexia, bulimia, levam a quadros graves de saúde.
Carlos
Gomes Ventura (Carlão)
Telefone: (11)3686-5384 - blog: carlosventura8085.blogspot.com - e-mail: cgventura@uol.com.br
Livro
Manual do Corredor - A Grande Pirâmide
Carlos
Ventura é um dos treinadores brasileiros de maior sucesso. Em seu novo livro, Carlão responde às indagações mais comuns entre nós
corredores. A sabedoria de décadas de experiência do Carlão são passadas de forma simples e clara para corredores de todos os níveis de performance.
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Resposta do treinador
Nilson Duarte Monteiro
Para ser sincero com vocês, não sei. Isso vai depender muito do metabolismo de cada um. Uma coisa eu sei, um corredor com muito pouco percentual de gordura, deve sofrer mais, pois ele tem pouco combustível para queimar quando é ultrapassada aquela barreira entre a queima de glicogênio para a queima de gordura.
Não sei se vocês já notaram nas corridas de longa distância, ou melhor, todos já tiveram essa experiência, mas só os atletas de alta performance sabe lidar com essa situação, mas a maioria deles não sabe o que acontece, apenas suportam melhor o sofrimento ou ultrapassam essa fase da corrida. É quando você está naquele ritmo forte e de repente bate aquele desânimo, aquela vontade louca de parar ou diminuir o ritmo. Essa fase da corrida é quando o organismo está mudando de combustível, igual ao carro Flex, ele passa da queima de glicogênio para a gordura.
Eu fui um atleta que lia muito, queria saber o que acontece no corpo humano quando este está sendo submetido a um esforço demasiado, até que descobri o porquê dessa sensação no meio da corrida, ou seja, o porquê de quando a prova estava se desenrolando numa boa, batia aquele desânimo miserável e, comigo durava cerca de no máximo 1 minuto no meio da prova. Depois de passado esse tempo de sofrimento tudo voltava ao normal, mas, ultrapassar essa barreira tinha que ter uma força de vontade hercúlea, pelo menos no meu caso, isso pode varia de pessoa para pessoa. Então, matutando com os meus botões, cheguei a conclusão de que nesse período de 1 minuto o meu organismo não estava queimando combustível, sei lá, estava numa espécie de falta de tudo, e meu cérebro pedindo, “para, se não você vai morrer”, ou seja, o organismo mandando uma mensagem em forma de desânimo para que os órgãos que estão com deficiência de alimento (combustível) não entre em falência. Só os atletas profissionais conseguem ultrapassar essa barreira sem que o ritmo caia, apesar de que a maioria nem saiba porque.
É isso, o percentual de gordura varia de pessoa para pessoa, mas que o percentual muito baixo também pode ser prejudicial. Esse problema aconteceu com meu filho mais novo. Ele tinha um percentual de 3%, o nutricionista até guardou o exame dele, pois era o primeiro que ele tinha visto. O moleque era tão seco, parecia um esqueleto ambulante, dava até a impressão que a carne era por dentro dos ossos, mas, isso o estava prejudicando em sua performance, ou seja, a certa altura da prova ele simplesmente desistia de brigar contra aquilo que eu falei aí em cima, batia o desânimo e ele desistia, não lutava. Também pudera, acabava o glicogênio e quando ia queimar gordura ela era tão pouca que o cérebro falava, “acabou meu chapa, o resto que está sobrando de glicogênio é para mim, e já que não tem gordura suficiente para queimar, é melhor parar”.
Depois que o nutricionista prescreveu uma dieta rica em carboidratos e ele aumentou de 3 para 8% de gordura, a performance dele melhorou sobremaneira.
Resposta do
Professor Luis Tavares
Sobre o porcentual ideal também é bem relativo, geralmente um atleta de elite o
nível porcentual está em torno de 6 a 8% e um atleta normal ( não elite), pode estar em torno de 10 a 12% que ainda é excelente.
Para medir é um pouco complicado, pois teria que ter um compasso de medição de dobras
cutâneas e aplicar algumas formulas, para detectar e chegar a um resultado final do seu porcentual.
Uma forma mais simples e qualquer um poderia estar fazendo, seria descobrir o seu IMC (
índice de massa corpora), para medir sua obesidade, que seria a formula : massa que deverá estar em quilogramas, dividido pela sua altura ( metros) ao
quadrado e o resultado confrontar com a tabela abaixo:
Resultado final Categoria:
<18,5 - Abaixo do peso
18,5 - 24,9 - Peso normal
25,0 - 29,9 - Sobrepeso
30,0 - 34,9 - Obesidade grau I
35,0 - 39,9 - Obesidade grau II
>40,0 - Obesidade grau III
Por exemplo no meu caso, tenho 76 kgs divido esse valor pela minha altura ( 1,65) x (1,65)
Professor Luis Tavares
Telefone: (11)3159-8456 - e-mail: e.c.tavares@uol.com.br
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