Resposta do
Professor Carlos Gomes Ventura
Quando treinamos pessoas, nosso primeiro pensamento é revelar um talento, conquistar resultados atingir performances,falhamos quando procuramos fazer com que este
provável talento faça uma especialização precoce.
Às vezes erroneamente vamos no caminho desta
especialização por verificarmos a habilidade do atleta, não se preocupando naquele momento com a aptidão física, crescimento etc etc...
Vamos definir aptidão física: aptidão física é a forma como o individuo se amolda a determinada situação diante das exigências solicitadas no treinamento ou no teste indicado.
A aptidão física fica e vivenciada na serie de resultados apresentados, na atividade aeróbia, anaeróbia, na força, na flexibilidade, enfim no no seu desempenho, físico e emocional.
Não devemos confundir aptidão física com habilidade, o individuo pode ter habilidade em manejar os implementos como disco, peso, martelo, dardo, ultrapassar barreiras, excelente saída de bloco, entretanto sua aptidão física pode não ser evidenciada.
Inúmeros fatores são responsáveis pela aptidão física e pela habilidade, como idade
biológica, idade no treino, hereditariedade. Indivíduos com a mesma idade cronológica podem ter aptidão física e habilidades diversas, o individuo pode apresentar
características emocionais, mentais, físicas dos seus pais e entretanto não apresentar aptidão ou habilidade para o desempenho esportivo.
Podemos com técnicos, professores, treinadores, personais, através da observação indicar um atleta para determinada prova sem que ele tenha
habilidade ou pouca aptidão dando treinamentos que possam melhorar suas condições, como por exemplo as repetições onde os educativos são fundamentais.
Concluímos que mesmo quando não existe aptidão física ou habilidade o nível do atleta pode ser melhorado nestas duas
características pelo treinamento continuo e desta maneira indicarmos qual a prova em que ele pode ter um bom desempenho.
Apenas para exemplificar, o meu melhor atleta não sabia correr, demonstrando falta de habilidade e nenhuma aptidão física, entretanto com repetições, educativos atingimos os patamares
necessários e ele tornou-se atleta olímpico e recordista brasileiro.
Carlos Gomes Ventura (Carlão)
blog, Telefone: (11)3686-5384, e-mail
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Manual do Corredor - A Grande Pirâmide
Carlos
Ventura é um dos treinadores brasileiros de maior sucesso. Em seu novo livro, Carlão responde às indagações mais comuns
entre nós
corredores. A sabedoria de décadas de experiência do Carlão são passadas de forma simples e clara para corredores de todos os níveis de performance.
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Resposta do treinador
Nilson Duarte Monteiro
Como descobrir para qual atividade esportiva a pessoa tem aptidão física? Muito simples! Só fazendo testes em cada modalidade de esporte. Lógico, depois de consultar um médico para ver se está tudo em ordem com o organismo.
Depois do diagnóstico do médico, procurar um clube, uma academia, uma equipe de corrida e se submeter aos testes, exemplo:
Se o sujeito está a fim de ser um corredor, fazer os testes básicos, ou seja, dê um tiro de 50 metros para ver a velocidade e outro de 1.000m para ver a resistência, outro de salto para ver a impulsão vertical e horizontal.
Se o tiro de 50m sair para abaixo de 7 segundos, o cara tem grande probabilidade de ser um velocista, quiçá um meio-fundista.
Se o tiro de 1.000m ficar entre 2m50s a 3m20s, pode-se considerar um bom corredor de fundo ou meio-fundo.
Se o teste de impulsão vertical (parado) ficar entre 50 e 70cm, pode-se considerar um bom saltador de altura, e no teste de impulsão horizontal (parado) ficar entre 2 a 2,5m, pode-se considerar um bom saltador de distância, claro que a velocidade também conta, não adianta ter boa impulsão horizontal se não tiver velocidade.
Vou contar uma história interessante sobre testes de avaliação. Dois pretensos atletas foram procurar um técnico de renome para se iniciarem no atletismo. Os dois, pessoas tão humildes que até para falarem tinham vergonha, além de humildes eram bem tímidos. O tal técnico nem se deu ao trabalho de testar os garotos, simplesmente os recusou, mandando procurar outro técnico, ou seja, mandou os garotos me procurarem. Eu não dispensei a oportunidade de avalia-los, mandei os dois darem um tiro de 50m. Um até que foi bem, fez em 7s, o outro foi uma lástima, fez em 9s. Quinze minutos depois, foi o teste de 1.000m, o que correu os 50m em 7s, fez em os 1.000m em 2m50s o outro em 3m20s. Viram que o mais veloz, também era resistente.
Passados um ano de treino, o mais veloz eu coloquei para ser corredor de meio-fundo e o mais lento para as provas de fundo. O mais veloz, após um ano e meio de treino, foi quinto colocado nos 1.500m do Troféu Brasil de Atletismo, fez em 3m52s, o mais lento conseguiu correr os 10.000m em 32m40s.
Resumindo, os testes são bons para se descobrir o talento do atleta, ou descobrir se ele não tem talento algum para aquela modalidade, bem como, a aptidão para determinado esporte.
Resposta do
Professor Luis Tavares
Experimentando um pouco de cada esporte, para que em algum tempo sabermos a verdadeira aptidão, e
talento. Acredito que em 1 mês , se descobre a tendência a um determinado esporte.
No atletismo é mais fácil para sabermos, pelo porte físico, ou seja um atleta de porte mais forte, que tem grande chances de desenvolver fibras musculares brancas (contração rápida), ou seja tem uma tendência a ser um bom velocista ou saltador. Já uma pessoa de porte físico menor, maior chance em provas de resistência.
Professor Luis Tavares Telefone: (11)3159-8456 - e-mail: e.c.tavares@uol.com.br
- site: https://www.ectavares.com.br
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