Resposta do
Professor Carlos Gomes Ventura
Nos
primórdios da humanidade o homem tinha a necessidade de ter uma reserva de gordura, pois a caça apesar de farta era perigosa, ele poderia ser caçado.
Em função disto quando havia alimento o homem comia grandes quantidades para poder armazenar gordura e queimar como energia no período que ficaria sem alimento
disponível. Este personagem era um ser em constante movimento, nômades em atividade física que permitia a queima de gordura de reserva.
Atualmente temos hábitos inadequados de alimentação, associados ao sedentarismo, nos levando a obesidade.
Normalmente corredores são mais magros que atletas de outras modalidades. Corredores homens possuem uma porcentagem média de gordura corporal de 3.3% e corredoras um porcentual de 17.3% desta gordura.
Quanto menor for o porcentual de gordura corporal, melhor o desempenho na corrida.
As pernas com porcentuais menores de gordura facilitam o desempenho do homem e da mulher.
A corrida é a melhor ferramenta para eliminar a obesidade.
Temos duas linhas de gordura, a gordura essencial e a gordura de armazenamento. A gordura essencial situa-se nos nossos
órgãos vitais como músculos, e tecidos do nosso sistema nervoso, esta é a gordura que dá energia para o bom desempenho de tecidos e
órgãos.
A gordura de armazenamento fica restrita ao tecido adiposo e concentra-se nos quadris e
abdômen dos homens e nas nádegas das mulheres, esta gordura situa-se sob a pele e é uma reserva de energia.
O nível de gordura fica elevado quando nos alimentamos em excesso e não fazemos atividades
físicas. A excepcional vantagem de diminuir o peso através da corrida e da caminhada é a de evitar alterações de pressão arterial, diabetes, problemas musculares e ósseos.
Corredores habituais e também os de altas performance, possuem a mesma quantidade de gordura essencial, que qualquer pessoas, corredora ou não, entretanto estes corredores possuem uma quantidade mínima de gordura de armazenamento, que é " queimada " com treinamento.
A fórmula para queimarmos esta gordura de armazenamento é fazer treinos de baixa intensidade, correndo longas distancias lentamente ou caminhando vigorosamente.
Quando o individuo treina intensamente, diminui a possibilidade da queima de gordura. Em uma corrida intensa de 8 a 12 km, o corredor atinge 80% a 85% do seu VO2 máximo e apenas 1/3 desta energia proveniente da gordura é
despendida, pois o glicogênio muscular fornece parte da energia solicitada pelo esforço.
Quando o objetivo é diminuir o peso é primordial pensar na queima de calorias pela atividade física e o controle da ingestão de alimentos.
Indivíduos com sobrepeso não devem iniciar qualquer atividade objetivando a perda deste peso, sem consultar um médico da área esportiva (temos inúmeros de ótima qualidade) recomendo corridas lentas, caminhadas e boas horas de sono.
Carlos Gomes Ventura (Carlão)
blog, Telefone: (11)3686-5384, e-mail
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Manual do Corredor - A Grande Pirâmide
Carlos
Ventura é um dos treinadores brasileiros de maior sucesso. Em seu novo livro, Carlão responde às indagações mais comuns
entre nós
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Resposta do treinador
Nilson Duarte Monteiro
Diminuir peso com a corrida, não só com a corrida, mas, com qualquer tipo de exercício, traz inúmeros benefícios, tais como, menos sobrecarga nas articulações, coluna vertebral, colesterol baixo, baixa probabilidade de hipertensão, alto-estima elevada, quem não gosta de ter um corpinho sarado?!
Perder peso com a corrida não é prejudicial, porém, em excesso sim. Por quê?
A gordura é um combustível essencial para a corrida, ou melhor, para qualquer exercício aeróbico. Quando começamos a correr o organismo começa queimando glicogênio, depois de um certo tempo ele para de queimar esse combustível, pois, tem que economizá-lo para o cérebro que só se alimenta de glicogênio e, passa a queimar gordura. Nas corridas longas essa transição se dá quando vem aquela vontade miserável de querer parar, mas, essa sensação dura alguns minutos nos atletas ditos amadores e nos atletas profissionais eles sentem, mas, o condicionamento deles não lhes permite que sucumbam aos mandos do cérebro.
Por isso que perder muito peso é prejudicial na corrida, o percentual ideal de gordura para um corredor de fundo fica por volta dos 8% até 12%, nos homens e nas mulheres entre 12% e 18%, pelo menos é o que os especialistas dizem.
Me lembro do meu filho quando era atleta. Fomos a um nutricionista, aí quando o profissional da nutrição mediu o percentual de gordura do moleque perguntou; como é que esse garoto consegue ter uma boa performance no esporte? O percentual de gordura dele está muito baixo, ou seja, 3%. O garoto era pele e osso, só a gaióla. Depois de uma dieta bem balanceada associada a prática esportiva, o percentual de gordura do garoto elevou-se para 8% e a performance dele melhorou a olhos vistos.
Resumindo, perder peso é bom, porém, demais é prejudicial.
Resposta do
Professor Luis Tavares
Sim com certeza,
você estando mais leve, melhora sua auto estima, evita lesões proveniente de sobrepeso, melhora seu rendimento na corrida, evita sobre carga do coração.
Eu por exemplo corro há 25 anos e nos últimos anos, por motivos particulares e de trabalho, relaxei os meus treinos e conseqüentemente fui engordando. Na época quando iniciei os treinos pesava 60 kgs e quando cheguei aos 78 kgs, percebi que deveria tomar uma atitude, se quisesse a voltar correr bem, pois com o peso, fui ficando cada vez mais lento, cansado e cheio de lesões.
No começo de 2009 com auxilio de um nutricionista e um programa de treinamento progressivo e constante e de muita paciência, fui emagrecendo e hoje consegui estar com 63 kgs ou seja 15 kgs a menos, correndo como menino de antigamente, abaixando meus tempos de corrida, não tive mais lesões, e melhorou meu auto estima.
Com todo esse processo, observei que para cada kg perdido melhorei em dois minutos meu tempo na meia maratona e 1 minuto na prova dos 10 km ou seja como perdi 15 kg, melhorei os 10 km que era 1 hora quando estava gordo e hoje estou fazendo em 45 mins e melhorei minha marca da meia que era 2h :20 mins, estou fazendo em 1 h 50 mins.
Portanto nunca deixe chegar esse período critico de engordar, sempre tenha uma balança ao seu lado e policie , qualquer kg a mais do normal sinal de alerta.
Professor Luis Tavares Telefone: (11)3159-8456 - e-mail: e.c.tavares@uol.com.br
- site: https://www.ectavares.com.br
Resposta do Onécimo Ubiratã Medina Melo
Existe vantagem sim. Pois o principal indicador de condicionamento físico é Consumo máximo de oxigênio, ou VO2max, que mostra a capacidade de captar, transportar e absorver esse oxigênio.
Grandes atletas de endurance possuem altos valores de VO2max; corredores, ciclistas, esquiadores, triathletas e remadores.
Por ser um índice fisiológico que sofre alterações com treinamento, e é determinado pela genética deve ser bem aproveitado e treinado.
Por ser um índice que relativo, quanto se consome de oxigênio por quilo corporal
índice e absoluto, o que todo o corpo consome.
Na prática funciona assim, um atleta de 80kg, faz um teste de Cooper de consegue correr 2754m que mostra um VO2max de 50ml/kg/min. de
índice relativo, e 4,000l/min. índice absoluto. ou 232,5m/min.
Se esse mesmo atleta emagrecer 5kg, perder apenas massa gorda, e conseguir manter seus indicadores de saúde normais. Ele terá os mesmos 4,0l de oxigênio, mas de forma relativa ele aumentará para seu
índice relativo para 53,3, fazendo 2902,5. Correndo 250m/min no mesmo teste. Aumentando sua performance no teste.
Em um prova longa de 10km isso pode representar uma diminuição de aproximadamente 1 minuto, ou seja sem aumentar o treino e melhorar sua condição fisiológica. O atleta é capaz de melhorar sua performance.
Mas lembre-se, esse peso perdido tem que ser na forma de gordura e não massa magra. Para não correr riscos de desenvolver um processo de anemia.
Onécimo Ubiratã Medina Melo
e-mail: biratri@yahoo.com.br - site:
https://www.biratreinamento.com.br
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