Efeito Placebo

Livro sobre homeopatia do século 19

A um grupo de voluntários foram dados comprimidos azuis e vermelhos. Depois, veio a pergunta: quem tomou um tranqüilizante e quais ingeriram estimulantes? Além disso, como alguns haviam recebido dois comprimidos, qual dose seria a mais eficiente?

As respostas vieram antes de os participantes do estudo feito nos Estados Unidos saberem que todas as cápsulas eram feitas de farinha. Aqueles que tomaram duas pílulas em vez de uma não hesitaram em responder que receberam uma dose eficaz. Além disso, o vermelho esteve sempre associado com os estimulantes e o azul com os tranqüilizantes.

“Vários estudos como esse, publicados nos últimos anos, mostram a importância do efeito placebo. O caminho agora é tentar desvendar o mecanismo biológico desse processo no cérebro”, disse Clarice Gorenstein, pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, à Agência FAPESP.

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“Alguns trabalhos mostraram até a existência do efeito em pacientes com doença de Parkinson”, afirma a pesquisadora, que discutiu o tema na Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), encerrado no último fim de semana em Águas de Lindóia (SP).

Segundo Clarice, a polêmica sobre a existência do efeito placebo não existe mais em grande parte dos debates. E, apesar de esse efeito ser encarado como prejudicial para os estudos de novos medicamentos, o uso do placebo tem um lado positivo. “Para a clínica, ele é benéfico, uma vez que dispensa o uso de medicamentos tradicionais. No futuro, pessoas poderão até mesmo ser tratadas apenas com placebo.”

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O caminho mais curto que pode levar os pesquisadores aos caminhos biológicos do efeito placebo passa pelo sistema cerebral de recompensa. “As bases neuroanatômicas são bastante semelhantes”, conta Clarice.

Se é consenso que um remédio grande, colorido, difícil de achar e caro acaba sendo mais eficiente, ainda resta o mais complicado: definir melhor os processos que regem o efeito placebo, que tem sido detectado até mesmo em pessoas consideradas saudáveis. 

Fonte: Agencia Fapesp

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