O mercado competitivo em todas as profissões exige cada vez mais profissional capacitado, atualizado e que tenha domínio da comunicação oral e escrita ao expressar idéias e pensamentos de forma clara.
Quem presta qualquer tipo de serviço depende muito disso e o profissional de Educação Física está incluído porque não basta ter só conhecimento de como o corpo funciona. Está longe o tempo da imagem que tínhamos desse profissional ligada apenas ao esporte. O sujeito de short e camiseta ministrando aula de ginástica. Hoje ministra aulas em academias, condomínio, clubes, participa de equipes multidisciplinares em hospitais tendo contato o tempo todo com pessoas de diversas classes sociais. Para cada classe é preciso saber se expressar da forma que o sujeito entenda. É quase uma tradução do seu pensamento para a língua dele.
Geralmente o profissional escolhe o ofício por vocação, mas a habilidade de dominar a língua não depende disso porque é adquirida com o hábito de leitura na pré-escola. Interpretar um texto depende inclusive da própria cultura e valores adquiridos na família e classe social. Nesse sentido Leonardo Boff afirma que “cada um lê com os olhos que tem”... Ou seja, sujeito sem conteúdo lê, mas não interpreta.
Sendo assim não basta apenas a teoria sobre os exercícios físicos e músculos adquirida na faculdade. Em que o profissional acredita? Até onde vai a complexidade da ligação corpo e mente? Esse é o ponto de partida. Depois é saber passar isso para o cliente sem deixar dúvidas.
Não é surpresa para ninguém que a maior parte dos estudantes sai do ensino médio sem saber interpretar o que lê muito menos recriar texto com qualidade para sua comunicação. Embora as ferramentas da comunicação cresçam estupidamente alguns profissionais não conseguem acompanhar e/ou usam de forma inadequada. O correio eletrônico é um bom exemplo sendo uma evolução da carta com princípio, meio e fim. Deve conter destinatário, conteúdo da mensagem e encerramento formal ou informal.
Embora isso seja básico recebo diariamente mensagens sem “pé nem cabeça”, cheias de gírias, erros crassos de português e conteúdo muito complicado. Não se dão ao trabalho nem de usar o corretor ortográfico do programa de do computador. Até ai tudo bem. É inadmissível quando essas mensagens vêm de graduandos de Educação Física.
É triste saber que mesmo assim graduandos se formam sem saber falar e se expressar direito. A intervenção do profissional de Educação Física é orientada pelo CONFEF (Conselho Federal de Educação Física) e diz que o profissional deve estar capacitado a: “Compreender, analisar, estudar, pesquisar (profissional e academicamente), esclarecer, transmitir e aplicar os conhecimentos biopsicossociais e pedagógicos da atividade física e desportiva nas suas diversas manifestações, levando em conta o contexto histórico cultural”.
Falar claro, convicto e preciso implica em adquirir confiança e credibilidade não só do cliente como de toda a sociedade. “O homem é apenas metade de si mesmo; a outra metade é a sua expressão” (Emerson – 1986). Com raríssimas exceções, as pessoas bem sucedidas na vida lêem, escrevem e falam se comunicando muito bem.
Profissional de Educação Física não é meramente um repetidor de exercício. Ele faz plano de aula, estuda os movimentos, prescreve e explica exercícios, faz projetos de atividades físicas para empresas, fala em público e muito mais. Só a graduação é pouco para ser alguém na vida.
A coisa está feia em todas as profissões. No jornalismo, o domínio da língua portuguesa e a formulação de perguntas inteligentes deveria ser carro-chefe e temos visto repórteres perguntar e/ou escrever: Como estão as expectativas para o feriadão? A maior parte dos acidentes ocorre por imprudência? Está pagando promessa? Um relâmpago caiu no fio do bondinho de Santa Tereza. Raio é que cai. Caiu geada no sul. Geada não cai. Forma-se. Em eventos esportivos quando o jornalista não conhece a modalidade fazendo perguntas fora do contexto é facilmente enrolado pelo entrevistado. Técnicos percebem quando jornalista não sabe perguntar. Nelson Piquet ficou famoso por ser mal-educado com repórteres que fazem perguntas óbvias na fórmula 1. Pior quando profissional de comunicação escreve: Para MAIORES informações... Fico imaginado quantos metros tem cada informação.
Um repórter perguntou ao vivo a um famoso jogador de futebol: Por que jogador de futebol responde sempre do mesmo jeito? Porque vocês fazem sempre a mesma pergunta. Não muda!
Essa eu vi na telinha aqui em Petrópolis: O que as pessoas vão encontrar na festa do chocolate? O entrevistado foi educado explicando o evento. Deveria ter respondido abóbora. Ufa! Faculdade pra quê?
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Para refletir: "Seja dono da sua boca, para não ser escravo de suas palavras!"
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