O
sal é essencial para nossos fluidos corporais. Provavelmente é por isso que gostamos do seu sabor na comida. Por outro lado, qualquer um que já encheu a boca de água do mar sabe que muito sal tem gosto terrível. Talvez seu corpo esteja dizendo algo. Muito sal pode acarretar problemas de saúde.
O nome do sal de cozinha é cloreto de sódio. Uma vez que 90% do sódio que ingerimos vem do sal, é difícil separar os efeitos do sal e sódio em muitos estudos. Porém, é no sódio que a maioria dos médicos foca.
Sal
e a pressão sanguínea
“O efeito mais conhecido do sódio na saúde é a sua relação com a
pressão sanguínea”, explica Dra. Catherine Loria do National Heart, Lung and Blood Institute (NHLBI).
Vários estudos, tanto em animais quanto em pessoas, têm mostrado que muito sal eleva a pressão sanguínea. Reduzir a ingestão de sal, por outro lado, diminui a pressão sanguínea.
Pressão sanguínea é a força do sangue contra as paredes das artérias à medida que o coração o bombeia. Quando a pressão sobe, uma condição chamada
pressão alta ou hipertensão
arterial, pode danificar o corpo de muitas formas com o tempo. Pressão alta tem sido relacionada a
doença cardíaca,
AVC, insuficiência renal e outros problemas de saúde.
Há dois números de pressão sanguínea, e geralmente são escritos um em cima do outro. O primeiro representa a pressão sistólica, que é quando o coração bate, bombeando sangue através das artérias. O segundo é a pressão diastólica, quando o coração descansa entre os batimentos. Os números 120/80 mmHg são os que você deve ter para manter sua pressão baixa.
Algumas pesquisas também sugerem que ingestão excessiva de sal poderia elevar o risco de
câncer de estômago. Cientistas continuam investigando essa possível conexão.
Pesquisadores sabem que nem todos são igualmente sensíveis ao sal. “A partir de nossos experimentos, sabemos que há muita variação na resposta da pressão sanguínea”, diz Dra. Loria.
Certos grupos de pessoas experimento maiores reduções na pressão sanguínea quando diminuem sua ingestão de sal: afrodescendentes, idosos e pessoas com pressão acima do normal.
“Dentro desses grupos, há muita variação entre as pessoas”, diz Dra. Loria. Porém em torno de 1 em cada 3 adultos nos EUA estão com pressão alta
atualmente. Outro 1/3 tem pré-hipertensão, significando que sua pressão é alta o suficiente para colocar sob risco de desenvolver hipertensão. Baseada nisso ela diz: “é realmente importante para a maioria da população reduzir sua pressão sanguínea”.
Efeitos
para a saúde da diminuição do consumo de sal
Especialistas recomendam que as pessoas consumam menos de 2.400 miligramas de sódio por dia, que é em torno de 6 gramas de sal (uma colher de chá). Pessoas com pressão alta devem procurar consumir diariamente 1.500 miligramas de sódio ou menos, em torno de 3,7 gramas de sal. Porém, atualmente em média o homem nos EUA consome mais de 10 gramas de sal por dia e a mulher mais de 7 gramas diárias de sal.
Dra. Kirsten Bibbins-Domingo, da Universidade da Califórnia, recentemente liderou um estudo que usou modelagem computacional para explorar os efeitos de redução modesta no consumo de sal nos EUA. Os pesquisadores descobriram que reduzir a ingestão de sal em 3 gramas por dia poderia reduzir a quantidade de novos casos anuais de doença cardíaca em até 120 mil, AVC em 66 mil e
ataque cardíaco em até 100 mil. Também poderia prevenir até 92 mil mortes a cada ano. Todos os segmentos da população poderiam se beneficiar, com os afrodescendentes tem os maiores benefícios. Mulheres poderiam ter melhores resultados na diminuição de AVCs, idosos no declínio da saúde cardíaca, e adultos mais jovens teriam menos mortes.
Alguns países já começaram a enfrentar esse problema usando várias estratégias, como trabalhar com a indústria para reduzir o conteúdo de sal nos alimentos processados e educando os consumidores. O Reino Unido conseguiu uma redução de 10% no consumo de sal nos últimos 4 anos.
Porém, poderíamos sentir falta do sabor? “Vários estudos têm mostrado que se você reduzir gradualmente a ingestão de sódio, diminuirá seu desejo por alimentos salgados”, diz Dra, Loria. E pesquisas de pessoas no Reino Unido têm mostrado que as pessoas não notaram diferença no sabor das comidas.
“Uma diminuição modesta na quantidade de sal é difícil de ser percebida no sabor da comida, e pode ter efeitos dramáticos na saúde da população”, ressalta Dra. Bibbins-Domingo.
O sal que salpicamos sobre nossa comida representa menos de 10% do consumo. A maioria do sal que comemos vem de alimentos processados. Você já deve saber que comidas de lanchonetes, alimentos enlatados, frios e embutidos tendem a ter muito sal.
“Muitas pessoas não percebem que há muito sal nos pães e cereais”, diz Dra, Bibbins-Domingo. Estudos têm mostrado que, em média, mais de 20% do consumo de sal na alimentação norte-americana vem de produtos feitos de grãos, como pães, cereais e biscoitos.
“Acredito que a melhor orientação seja para as pessoas prestarem atenção aos rótulos dos alimentos”, diz Dra. Loria. Você pode encontrar grandes variações na quantidade de sódio entre diversas marcas. Mesmo pequenas reduções na ingestão de sal podem ter efeitos na sua pressão sanguínea.
Além do sal, uma alimentação mais saudável pode colocar sua pressão sanguínea sob controle. Para mais informações, leia o artigo
dieta DASH.
Outras
mudanças no estilo de vida também podem ajudar a controlar sua pressão sanguínea. Perca peso, caso esteja com
sobrepeso ou
obesidade. Pratique
exercícios físicos.
Pare de
fumar. Controle seu estresse. Quanto mais medidas tomar, mais provavelmente evitará os problemas de saúde relacionados.
Saiba mais:
Comer menos sal e sódio - Dieta hiposódica
Dieta DASH
Receitas da dieta dash
Alimentação e Coração Saudável
Reeducação alimentar para alimentação saudável
Dietas saudáveis
Pressão alta - Causas, prevenção e fatores de risco
Pressão alta ou hipertensão arterial
Como Manter seus Rins Saudáveis
Hipertensão: o que é e como prevenir
Gostou desse artigo? Então você pode recomendá-lo com o Google +1:
|
Use a busca abaixo para encontrar o que deseja em mais de 5 mil páginas sobre esporte, saúde e bem-estar:
|
Créditos:
Tradução: © 2014, Hélio Augusto Ferreira Fontes
Texto: NIH - National Institutes of Health
|