Que tal uma partida de tênis? Já sei. Andaram dizendo por aí que é muito difícil, que é esporte pra elite e coisa e tal, né? Nada disso. Hoje é muito popular e praticamente acessível a todas as camadas sociais. Em parte, graças à ascensão de Gustavo Kuerten (Guga), o nosso ídolo do tênis.
Fisiologia do tênis
Vamos então conhecer um pouquinho da fisiologia e do treinamento do tênis?
Pois bem. Pra começar, é um esporte com um percentual anaeróbio maior que aeróbio por causa das jogadas de um lado e de outro da quadra e as idas e voltas à rede. Isso faz aumentar muito a
freqüência cardíaca ultrapassando a todo momento o
limiar
anaeróbio. Afinal, a quadra medindo 23,8 m de comprimento por 8,23 m de largura parece pequena olhando-a de fora, mas lá dentro... E com aquela rede de 91 cm de altura... Puxa vida! Nas partidas em duplas o esforço pode até ser um pouco menor. Pesquisadores já mostraram que grande parte da energia gasta num jogo de tênis (próximo de 70%) tem origem no sistema anaeróbio, (Fox e Mathews, Bompa, Sharkey).
Entre as valências físicas, três manifestações da força são importantes: a resistência de força rápida, força explosiva e a força máxima. Imaginem 800 a 900 batidas fortes tentando surpreender o adversário com bolas "colocadas", repetidos saques com potência máxima num jogo bem disputado de 10 games com um placar de 6 a 4. Daí a importância do treinamento das três manifestações de força que segue uma progressão pedagógica lógica.
Primeiro treina-se a resistência muscular localizada preparando e corrigindo as estruturas musculares, depois o desenvolvimento da força máxima visando a melhora das respostas neuromusculares. A força máxima do tenista tem origem na capacidade de recrutar todas as unidades motoras disponíveis nos grupos musculares atuantes, o domínio do gesto esportivo e, não necessariamente tenha a ver com a seção transversal. Ou seja, tem força sem ser hipertrofiado em função de um sistema neural muito eficiente. O treinamento seguinte visa o atleta resistir o maior tempo possível bater forte sem perder o ritmo, a isso chamamos resistência da força rápida. A força explosiva, característica do jogo, normalmente é treinada depois de adquirida uma boa base muscular, sem a qual o risco de lesão passa a ser muito grande.
Bom, o tenista não joga só com os braços, né? Pára bruscamente, muda de direção, vai à rede, volta, desloca-se para os lados... Ufa!!! Isso cansa, heim!!!
Algumas pesquisas dão conta que um tenista bem preparado, num jogo de cinco "sets" terá percorrido mais de 4km e mais da metade com velocidade, o que justifica um treinamento
intervalado de corrida visando o aumento da capacidade de gerar e recuperar a energia anaeróbia. Jogar com um adversário de igual índice técnico, vencerá quem mais tardiamente sofrer os efeitos da fadiga. Duro mesmo é ficar lá na platéia assistindo um duelo de gigantes. Bolinha pra cá, bolinha pra lá... Haja pescoço!!!
História
do tênis
A origem do tênis é de certa forma discutida. Há quem afirme ter nascido dos jogos de bola praticados pelos egípcios, gregos e romanos. Outros, que nasceu de um tal jogo em que a bola era batida com a palma da mão contra um muro, batizado lá na França de "Paume". Na evolução em outros países o muro foi substituído por uma corda presa a um retângulo dividindo um campo com 80 m de comprimento por 14 m de largura para seis pessoas de cada lado. O nome disso? "Longue-paume" que, como vimos na matéria anterior sobre frescobol, pode ser a origem de vários esportes com bola veloz e pequena.
Bom, de Longue-paume para "court-paume" e depois "real-tennis"na Inglaterra. Em 1873, um tal major inglês Walter wingfield deu as formas atuais ao tênis. O nome acabou surgindo do grito de guerra francês "tenez" que os atletas davam no momento da jogada.
O tênis, segundo os historiadores, chegou ao Brasil no Rio de Janeiro e em São Paulo respectivamente 1888 e 1892 com a construção das primeiras quadras paulistas. Os primeiros torneios foram realizados em 1904 e a entidade oficial, Confederação Brasileira de Tênis surgiu em 1955.
No cenário mundial, o tênis tem um dos circuitos mais bem pagos e aguardados por todos, onde os campeões além de se projetarem ganham muito dinheiro. É o torneio do Grand Slam composto por quatro grandes competições: Wimbledon, Roland Garros, Aberto dos EUA e Aberto da Austrália. Cada uma com características e dificuldades diferentes com relação ao piso. Wimbledon grama, Roland Garros saibro, US OPEN cimento e o Aberto da Austrália com piso de borracha sintética.
A "galera" não profissional que joga tênis apenas por laser, é bom não esquecer umas recomendações básicas: use protetor solar, faça aquecimento antes de começar a jogar e beba bastante líquido. Primeiro hidrate-se, depois... a loura suada, né?
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