Depois de cinco meses de tratamento, 18 sessões de fisioterapia e muitos antiinflamatórios, o corredor meio fundista José Ribeiro Rocha decidiu investir no tratamento com a Terapia por Ondas de Choque
Extracorpórea. O resultado não poderia ter sido melhor. Após três aplicações, o atleta já treina leve sem apresentar nenhuma
dor.
Ribeiro explica que o problema começou após um período de treinos e competições nos quais utilizou um tênis muito baixo. A
lesão no tendão de Aquiles chegou a dificultar até as caminhadas.
O acesso à Terapia veio por indicação do treinador, José Luiz, que orienta Ribeiro e treina os atletas do São Paulo Futebol Clube. “Conheci os doutores Rubens Rodrigues e Maurício de Moraes e não tive dúvidas em recorrer ao tratamento. O mais impressionante é a rapidez dos resultados”, comenta Ribeiro.
De acordo com os especialistas, o atleta chegou ao consultório apresentando um quadro de dor na inserção do tendão, que o impossibilitava de correr. Como se tratava de uma dor crônica, a equipe baseada nos elevados índices de sucesso registrados na aplicação da Terapia, que chegam a 85%, optou pelo tratamento.
Ribeiro foi submetido ao “protocolo” do normal procedimento que é de três sessões com intervalo semanal entre cada uma. “Ele está liberado para treinamento leve. A grande vantagem da Terapia é que as indicações são precisas, ou seja, pessoas que não melhoram com o tratamento habitual e que apresentam os sintomas há mais de três meses. Os resultados são comparáveis aos do tratamento cirúrgico, com a vantagem da não invasão e de poucos efeitos indesejados”, explica o doutor Maurício de Moraes.
De volta aos treinamentos, Ribeiro, que representa o município de Taboa da Serra no atletismo, está se preparando para o Jogos Regionais, que deverão acontecer em Cotia no mês de julho. “Fiquei curado e acho que o método deve servir de incentivo para outros atletas que estão lutando há tempos para superar algumas lesões”.
A Terapia por Ondas de Choque Extracorpórea é aplicada ao Sistema Músculo-Esquelético e atua através de ondas de alta energia no local da origem da dor, acelerando a evolução das patologias. Os especialistas explicam que nos caso dos atletas, o retorno às atividades esportivas é variável, e que estudos feitos em atletas profissionais indicam um retorno, em alguns casos, apenas dois meses após a aplicação da terapia.
A Terapia por Ondas de Choque Extracorpórea é
não-invasiva, explica o Dr. Rubens Rodrigues. “Não há cortes, nem efeitos colaterais importantes. Apenas uma vermelhidão no local”.
A técnica pode ser aplicada no tratamento de esporão de calcâneo
(fascite plantar); cotovelo do
tenista; fraturas de stress e em fraturas que não consolidam. Pesquisas realizadas, principalmente na Áustria e Alemanha, mostraram que o tratamento tem oferecido boas chances de evitar infiltrações locais, fisioterapia prolongada e procedimentos cirúrgicos associados.
O paciente é submetido a duas ou três sessões com intervalos semanais em hospital, no entanto, não há necessidade de internação. O procedimento tem duração de cerca de 20 minutos, e a geração de ondas de choque mecânicas estimulam a microcirculação local. Os médicos explicam que os pacientes costumam avaliar o procedimento como desconfortável, porém bastante tolerável.
Os níveis de aplicação do tratamento variam de acordo com o problema, explicam os ortopedistas. Nas doenças
tendinosas, por exemplo, utilizam-se níveis moderados de energia, com o objetivo de ativar a circulação local e o bloqueio da dor.
Nas calcificações do Ombro e Articulações, aplicam-se níveis mais elevados para fragmentação e reabsorção pelo estímulo vascular. Em pseudoartroses Ósseas utilizam-se altos níveis energéticos para estimular a multiplicação das células.
O uso de ondas de choque é contra-indicado nos pacientes com infecção local, tumores,
diabetes
e distúrbios vasculares e também em gestantes. Para realizar a aplicação das ondas, o médico utiliza-se de um aparelho de radioscopia para localização da área a ser atingida, sendo necessária, em casos específicos, a anestesia local.
No Brasil, os dois ortopedistas estão entre os pioneiros na implantação do procedimento, e garantem que são altas as chances de melhora e com baixos riscos, comparado com tratamentos convencionais e cirúrgicos.
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