O que é a tireoidite de Hashimoto
A tireoidite de Hashimoto é, ou tireoidite autoimune, é uma forma de inflamação crônica da
glândula tireóide. Essa inflamação resulta em danos à glândula tireóide e redução da função desta, ou
“hipotireoidismo”, significando que ela não fabrica suficiente hormônio tireóide para o corpo. A tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de hipotireoidismo nos EUA.
A tireóide é uma pequena glândula em frente ao pescoço e abaixo da laringe. A glândula tireóide fabrica dois hormônios tireóides: T3 e T4. Os hormônios tireóides circulam pelo corpo na corrente sanguínea e
atuam em praticamente todo tecido e célula do organismo. Esses hormônios afetam o metabolismo, desenvolvimento cerebral, respiração, freqüência cardíaca, sistema nervoso,
temperatura
corporal, força muscular, umidade da pele, ciclo
menstrual, peso, níveis de colesterol, e mais.
A produção de hormônios tireóides é regulada por outro hormônio chamado TSH, o qual é fabricado na glândula pituitária localizada no cérebro. Quando os níveis de hormônios tireóides estão baixos, a glândula pituitária libera mais hormônio TSH. Quando os níveis de hormônios tireóides estão altos, a glândula pituitária responde reduzindo a produção de TSH.
A tireoidite de Hashimoto é uma doença
autoimune, significando que o sistema imunológico do corpo a ataca seus próprios tecidos e células saudáveis. Na tireoidite de Hashimoto o sistema imunológico fabrica anticorpos que atacam as células na tireóide e interferem com a sua capacidade de produzir hormônio. Grandes quantidades de células brancas sanguíneas, chamadas linfócitos, se acumulam na tireóide. Linfócitos fabricam anticorpos que dirigem o processo autoimune.
Sintomas da tireoidite de Hashimoto
Muitas pessoas com tireoidite de Hashimoto não apresentam sintomas no início. À medida que a doença progride, a tireóide geralmente aumenta e pode fazer com que a frente do pescoço pareça inchada. A glândula aumentada, chamada
bócio, pode criar uma sensação de garganta cheia, mas geralmente não é dolorosa. Depois de anos, ou até décadas, o dano à tireóide a faz encolher e o bócio desaparece.
Nem todos com tireoidite de Hashimoto desenvolvem hipotireoidismo. Para aqueles que desenvolvem, o hipotireoidismo pode ser subclínico - leve e sem sintomas. Outras pessoas têm um ou mais desses sintomas comuns de hipotiroidismo:
* Fadiga.
* Ganho de peso.
* Intolerância ao frio.
* Dor muscular e articular.
* Constipação.
* Cabelo seco.
* Ciclos menstruais irregulares e fortes, e
problemas de
fertilidade.
* Depressão.
* Freqüência cardíaca lenta ou bradicardia.
Qual a probabilidade de desenvolver a tireoidite de Hashimoto
A tireoidite de Hashimoto é em torno de sete vezes mais comum em mulheres. Embora ela freqüentemente ocorra em mulheres adolescentes e jovens, ela mais comumente aparece entre 40 e 60 anos de idade. A tireoidite de Hashimoto parece ter componente genético. Possíveis influências ambientais também estão sendo estudadas. Por exemplo, pesquisadores têm descoberto que consumo excessivo de iodo pode inibir a produção de hormônios pela tireóide. Certos medicamentos e infecções virais também podem contribuir para a tireoidite de Hashimoto
Pessoas com outras doenças autoimunes têm maior probabilidade de desenvolver tireoidite de Hashimoto, e vice-versa. Essa doenças incluem:
* Vitiligo.
* Artrite
reumatóide.
* Doença de Addison.
* Diabetes tipo 1.
* Anemia
perniciosa.
Diagnóstico da tireoidite de Hashimoto
O diagnóstico começa com exame físico e histórico médico. Uma glândula tireóide inchada pode ser detectável durante um exame físico e sintomas podem sugerir hipotireoidismo. Os médicos então pedirão vários testes de sangue para confirmar o diagnóstico.
O teste de TSH ultra-sensível é geralmente o primeiro a ser feito. Esse teste de sangue é a medida mais precisa da atividade da tireóide disponível. Geralmente, resultados de TSH acima do normal significam que a pessoa tem hipotireoidismo. Em pessoas que produzem muito pouco hormônio tireóide, a glândula pituitária fabrica TSH continuamente, tentando fazer a tireóide produzir mais hormônios.
O teste T4 mede a quantidade desse hormônio circulando no sangue. No hipotireoidismo subclínico o nível de T4 no sangue é normal, mas à medida que a doença progride, os níveis caem abaixo do normal.
O teste de anticorpo anti-TPO procura pela presença de anticorpos contra a tireóide. A maioria das pessoas com tireoidite de Hashimoto tem esses anticorpos, mas não quando o hipotireoidismo é causado por outra condição.
Tratamento da tireoidite de Hashimoto
O tratamento da tireoidite de Hashimoto depende de se a tireóide está danificada o suficiente para causar hipotireoidismo. Na ausência de hipotireoidismo, alguns médicos tratam a tireoidite de Hashimoto para diminuir o tamanho do bócio. Outros escolhem não tratar e simplesmente monitorar o paciente para o progresso da doença.
A tireoidite de Hashimoto, como ou sem hipotireoidismo, é tratada com hormônio tireóide sintético. Os médicos preferem usar hormônio t4 sintético ao invés de T3 sintético porque ele fica mais tempo no organismo.
A dose exata de hormônio tireóide sintético depende da idade da pessoa e peso, severidade da hipotireoidismo, a presença de outros problemas de saúde, e ou uso de outros medicamentos que podem interferir na ação do hormônio. Médicos rotineiramente testam o sangue de pacientes que tomam hormônio tireóide sintético para fazer os ajustem necessários na dosagem.
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Créditos:
Tradução: © 2012, Hélio Augusto Ferreira Fontes.
Texto: National Endocrine and Metabolic Diseases Information Service
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