Quais são as causas de valvulopatia

Condições cardíacas e outros transtornos, alterações relacionadas à idade, febre reumática, e infecções estão entre as causas de valvulopatia adquirida. Esses fatores mudam a forma ou flexibilidade de válvulas cardíacas que eram normais.

A causa de valvulopatia congênita é desconhecida. Ela ocorre antes do nascimento quando o coração está se formando. Doença congênita das válvulas cardíacas pode ocorrer sozinha ou junto com outros tipos de defeitos cardíacos congênitos.

Condições cardíacas e outros transtornos

As válvulas cardíacas podem ser estendidas e distorcidas por:
* Danos e cicatrização de tecido, decorrentes de ataque cardíaco ou lesão no coração.
* Pressão alta avançada e insuficiência cardíaca, os quais podem aumentar o coração e artérias principais.
* Estreitamento da aorta decorrente do acúmulo de material gorduroso chamado placa dentro dessa artéria. A aorta é a principal artéria que carrega sangue rico em oxigênio para o corpo.

Alterações relacionadas à idade

Homens com mais de 65 anos e mulheres com mais de 75 são propensos a desenvolver depósitos de cálcio nas válvulas cardíacas. Esses depósitos engrossam e endurecem as abas das válvulas cardíacas e limitam o fluxo sanguíneo (estenose). A válvula aórtica é especialmente susceptível a esse problema. 

Febre reumática

Algumas pessoas têm valvulopatia decorrente de faringite estreptocócica não tratada que progride para febre reumática. Quando o corpo tenta lutar contra essa infecção, uma ou mais válvulas cardíacas podem ser danificadas no processo. As válvulas aórtica e mitral são as mais freqüentemente afetadas. Sintomas do dano à válvula cardíaca freqüentemente não aparecem até muitos anos depois da recuperação da febre reumática.

Hoje em dia, a maioria das pessoas com faringite estreptocócica é tratada com antibióticos antes do desenvolvimento de febre reumática. É muito importante tomar toda a quantidade de antibióticos receitada pelo médico, mesmo que já se sinta melhor.

Valvulopatia decorrente de febre reumática afeta principalmente pessoas idosas que tiveram febre reumática antes da disponibilidade do tratamento com antibióticos.

Infecções

Germes comuns que entram na corrente sanguínea e são levados ao coração podem algumas vezes infectam a superfície cardíaca interna, incluindo as válvulas cardíacas. Isso é raro, mas algumas vezes as infecções são potencialmente fatais e chamadas de endocardite infecciosa. Geralmente as defesas do corpo combatem os germes e livram o organismo da infecção. Porém, algumas vezes as defesas falham ocasionando endocardite infecciosa. 

A endocardite infecciosa pode se desenvolver em pessoas que já tenham fluxo sanguíneo anormal através de uma válvula cardíaca como resultado de valvulopatia congênita ou adquirida. O fluxo anormal de sangue pode causar a formação de coágulos sanguíneos na superfície da válvula. Esses coágulos sanguíneos facilitam a fixação de germes nas válvulas, as infectando. A endocardite infecciosa pode piorar uma valvulopatia já existente.

Outros fatores e condições relacionados a valvulopatia

Vários outros fatores e condições algumas vezes estão relacionados a valvulopatia. Porém, freqüentemente não é conhecido como essas condições causam doença nas válvulas cardíacas:
* Lúpus e outras doenças auto-imunes podem afetar as válvulas mitral e aórtica. 
* Tumores no trato digestivo que se espalham para o fígado ou gânglios linfáticos podem afetar as válvulas tricúspide e pulmonar. 
* Doenças relativamente raras, como doença de Fabry e hiperlipidemia, podem afetar as válvulas cardíacas.
* A radioterapia na área do peito pode causar valvulopatia.
* Desordens congênitas como a síndrome de Marfan podem afetar as válvulas cardíacas.

Fatores de risco para valvulopatia

O principais fatores de risco para valvulopatia são:
* Idade.
* Fatores de risco para doença cardíaca, como colesterol alto, pressão alta, tabagismo, diabetes, obesidade, sedentarismo e histórico familiar de problemas cardíacos precoces.
* Fatores de risco para endocardite infecciosa, como uso de drogas intravenosas.

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Créditos:
Tradução: copyright © 2011 por Helio Augusto Ferreira Fontes
Texto: National Heart, Lung and Blood Institute (NHLBI)