Os
benefícios do vinho para a saúde são tema de considerável número de
estudos. Nos Estados Unidos o estouro no consumo do vinho tinto começou nos
anos 90 pelo programa de TV "60 Minutos". Os vinhos tintos
também ganharam força com reportagens sobre o paradoxo francês, o qual refere-se
à comparativamente pouca incidência de doença coronária na França apesar
tradicional alto consumo de gordura saturada na dieta francesa. Epidemiologistas
suspeitam que isso seja devido ao alto consumo de vinhos na França, porém tal
teoria ainda não está totalmente comprovada cientificamente.
Estudos
relacionando o consumo de vinhos e risco de doenças
cardiovasculares têm descoberto
que pessoas que nunca bebem vinho e os que bebem muito têm risco mais elevado,
enquanto os que consomem vinho moderadamente têm risco menor.
Estudos
também descobriram que o consumo moderado de outras bebidas alcoólicas poderia
oferecer proteção ao coração, porém esse efeito protetivo é maior
com os vinhos.
Entres os
tipos de vinhos, segundo os estudos, o tinto oferece
mais benefícios à saúde do que o branco, incluindo proteção contra câncer.
Pesquisadores suspeitam que isso seja devido ao fato de o vinho tinto conter
mais polifenóis do que o branco.
Um
elemento químico no vinho tinto chamado resveratrol tem mostrado, em estudos
com animais, possuir efeito de proteção cardíaca e química. O resveratrol
é produzido naturalmente na casca da uva em resposta a infecção de fungos,
incluindo a exposição à levedura durante a fermentação. Uma vez que o vinho
branco tem contato mínimo com a casca das uvas durante esse processo, ele
geralmente contém menores níveis desse químico. Outros compostos benéficos
à saúde encontrados no vinho incluem outros polifenóis, antioxidantes e
flavonóides.
Vinhos tintos do sul da França e da Sardenha
tem mostrado possuir os maiores níveis de procianidinas, que são compostos na
semente da uva suspeitos de ser responsáveis por benefícios do vinho tinto ao
coração. Os vinhos tintos dessas áreas têm entre 2 a 4 vezes mais
procianidinas que os outros vinhos tintos.
Um
estudo de 2007 descobriu que tanto o vinho tinto, quanto o branco, são agentes
antibacterianos contra a linhagem Streptococcus,
sendo que vinho é tradicionalmente usado para tratar ferimentos em algumas
partes do mundo.
Ainda
que evidências de estudos laboratoriais e observacionais sugiram efeito de
proteção ao coração, nenhum estudo controlado foi completado pesquisando o
efeito do consumo de álcool
no desenvolvimento de doença cardíaca ou AVC.
Além disso, consumo excessivo de álcool pode causar algumas doenças como
cirrose do fígado e alcoolismo.
Sulfitos
estão presentes em todos os vinhos e são formados pelo produto natural do
processo de fermentação. Adicionalmente, muitos produtores adicionam dióxido sulfúrico
para preservar o vinho. O nível de sulfitos adicionados varia, e alguns vinhos
são comercializados como tendo pouca quantidade de sulfitos. Os sulfitos nos
vinhos não são um problema para a maioria das pessoas, porém alguns,
especialmente os que sofrem de asma, podem ter reações adversas. O dióxido sulfúrico
também é adicionado a muitos outros alimentos, como damascos secos e suco de
laranja.
O efeito do vinho no cérebro também foi estudado. Embora alguns pesquisadores concluíram
que o vinho feito da uva Cabernet Sauvignon reduz o risco de doença de
Alzheimer, outros descobriram que entre pessoas diagnosticadas com alcoolismo os
danos do vinho ao hipocampo é maior do que outras bebidas alcoólicas.
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